23 de dez. de 2019

Religião e espiritualidade

Foto do google

   À tardinha de um dia muito quente,estavam sentados sob uma frondosa árvore duas crianças judias,que ouviam atentamente o que sua avó lhes contava.
    Judite e Tobias,ela com sete anos e ele com cinco, ficavam horas junto a avó,a qual perdera seu marido, e passou a morar com o filho,a nora e os netos. Os pais seguiam a religião do Judaísmo,a qual era imposta também aos filhos,mas a avó professava o cristianismo e,portanto, seguia os ensinamentos de Jesus.
Assim,sempre que podia, evangelizava os netos por meio de lindas histórias de amor,de caridade e perdão.
   Os pais desconfiavam de que ela estava incutindo ideias sobre Jesus,aos pequenos, mas nunca puderam confirmar, pois as crianças quando questionadas, lhes respondiam que a avó apenas lhes contava muitas histórias lindas. E assim, seguiam-se os dias.
   Certa vez, a história contada pela avó foi sobre o anjo guardião,ou ainda aquele que fora nomeado por Deus para nos proteger. Na verdade,há muitas denominações para ele: espírito de luz,ou ainda,amigo espiritual. Entretanto, sendo este ou aquele nome,ele é o nosso anjo da guarda.
     Assim,por meio de belas histórias,foi passado às crianças a existência de um ser que cuida de cada um de nós.
    Com o tempo,o hábito de agradecer ao anjo tornou-se uma atitude linda entre os dois pequenos,aprenderam que a gratidão e o perdão eram armas poderosas,e desta forma, foram crescendo e conhecendo o Mestre Jesus.
     Em certa ocasião,o menino Tobias precisou submeter-se a uma pequena cirurgia,ele não estava com medo,mas mesmo assim, pediu ao anjo da guarda que o protegesse. Pediu a Jesus que guiasse as mãos dos médicos,para que tudo saísse bem.
    Os pais, mesmo sabendo que o risco era pequeno, não arredaram pé do lado do filho.Os dias de internação pós cirurgia correram bem e, aos poucos, o menino ficava melhor.A avó o visitava sempre e,certo dia,ao ficar sozinha com o neto, aproveitou para saber se ele não havia esquecido os ensinamentos,que ela lhe havia passado. Ele mais que depressa contou à avó que pedira a Jesus para que o abençoasse.Ao ouvir as palavras do neto,ela deu um largo sorriso e continuaram falando sobre a doutrina do Mestre.
    De repente, os pais entraram e da antessala conseguiram ouvir a palavra Jesus.Eles,muito curiosos e apreensivos, indagaram a avó sobre o assunto.Não houve jeito de esconder do que se tratava a conversa,e por este motivo ela ficou proibida de falar com os netos.Aquela era sem dúvida,uma situação triste para todos. Porém aquela proibição veio tarde,pois mesmo sem uma religião definida, os dois pequenos já possuíam uma religiosidade avançadíssima, e nada mais podia abalar a sua fé.
      Aquela situação seguiu daquela forma por muito tempo, as crianças iam à sinagoga com os pais,mas à noite se reuniam no quarto da avó para novas lições sobre Jesus Cristo.
      Os anos passaram rápidos e logo Judite e Tobias se tornaram adolescentes.Naquela época já sabiam qual religião seguir, pois já se sentiam cristãos. A partir de então, os pais vivenciaram muitas surpresas com seus filhos,que deixaram de ser crianças,mas não deixaram de ser cristãos.
   Eles perceberam por meio dos filhos que a religião que cada um professa deve ser de sua livre escolha,e que seus filhos estavam no caminho do bem.Por esta razão,permitiram que seguissem os ensinamentos de Jesus, porém mantinham-se afastados.
     Certo dia,ao se encontrarem,após o culto de cada um, o pai rendeu-se e falou:
    - Filhos,vamos para casa fazer juntos a ceia de Natal, que a avó de vocês preparou para festejarmos o nascimento do Menino Jesus.
       Judite e Tobias perceberam a mudança de seus pais e sorriram.

Desejo a todos um Feliz e Santo Natal, que 2020 venha repleto de bênçãos!

4 de dez. de 2019

Campanha do bem

imagem do google



     Interessante,mas não estranho,as grandes campanhas de solidariedade para auxiliar irmãos menos favorecidos.
O número de pessoas que estão sendo beneficiadas vem crescendo,e não apenas em nossas cidades,mas em outros lugares.
   E hoje há a consciência de que quando somos solidários, os primeiros beneficiados somos nós.
Claro que ainda existe muita falcatrua ao que se refere a campanhas solidárias, mas penso que podemos afirmar, que a maioria age com honestidade.Devemos sim, ficarmos atentos a quem nos pede ajuda.
Atendi a um menino com 8 anos, estava vendendo uma rifa, muito educado me ofereceu um número,estava indo de porta em porta.
Fiz-lhe diversas perguntas,as quais ele respondeu sem pestanejar, parecia ter decorado o texto, fiquei ouvindo,e pensando na boa oratória do garoto.
Curiosa, antes de ver o papel perguntei o preço e o que era o prêmio.
Mais que depressa ele respondeu:
-Dois e cinquenta cada número, e o prêmio é uma ovelha (viva).
Eu muito admirada, falei -ah! viva?
  -Sim, pois quem ganhar não precisa matá-la pode continuar a criá-la, foi o senhor Jonas que tem criação de ovelhas que nos deu para a rifa.
Comecei a simpatizar com aquele menino tão decidido, e perguntei para que seria o dinheiro da rifa?
  -Tenho um amigo, que estuda na minha sala, mas agora está só no hospital, e precisa de um grande tratamento e também para ajudá-lo nas  viagens, que faz para fora da cidade onde faz outros tipos de tratamento, ele tem as plaquetas muito baixas “plaquetopenia se caracteriza por qualquer distúrbio em que há uma quantidade anormalmente baixa de plaquetas no sangue, que são as células responsáveis pela coagulação sanguínea. Por isso, as plaquetas baixas podem estar associadas a sangramentos anormais e qualquer batida ele sangra muito.” A família dele não tem condições de custear tudo e por tanto tempo, assim tive esta ideia, que dividi com meus amigos, e agora muita gente está ajudando.
 Perguntei como estavam as vendas e a aceitação da rifa. Ele me contou que muita gente rejeitava, não o deixava nem ao menos explicar o motivo da mesma. Sendo assim,ele vendia nos locais que havia conhecidos e parentes.
    Pedi para ver a folha da rifa, estava tudo bem certinho, ele me contou que a prima havia auxiliado para que tudo ficasse bem transparente, e uma Instituição, que se engajou à campanha havia cedido seu carimbo, na folha. Havia todas as explicações ali.
   Percebi a empatia que havia nas pessoas envolvidas,e resolvi ajudar um pouco mais, chamei pelo interfone a minha vizinha, e assim fui fazendo com o celular, falei com muitas pessoas da redondeza e ele foi aos lugares certos.
  No final da tarde, tive a grata surpresa de vê-lo em minha porta novamente. Ele estava sorridente, e me contou que todas as pessoas que eu indicara a ele, haviam comprado mais que o esperado, sendo assim ele estava com uma nova lista quase completa, a felicidade irradiava luz em seus pequenos olhos.
Perguntei se ele havia voltado para casa, ele respondeu que não. Percebi que o pequeno nem havia almoçado, considerando-o já um grande amigo, convidei-o a entrar,ele meio inseguro sorriu e entrou, servi um pequeno lanche a ele, tomou o refrigerante de um gole só,estava sedento. Ficamos conversando muito.
Ele me contou onde estudava, contou sobre as dificuldades da família,que tinha mais irmãos,que necessitavam de muitas coisas.
Pensei - o que faz um menino,que também precisava de muitas coisas fazer o que ele se propôs e com coragem e determinação.
Percebi que o simples fato de ajudar nosso semelhante nos faz feliz, nos deixa bem, e nos proporciona a cura de males emocionais.
  “Segundo os preceitos de Dalai Lama, uma atitude altruísta tem poder de cura. Em A medicina do altruísmo, um de seus ensinamentos, o líder espiritual do budismo tibetano afirma que muitas doenças podem ser curadas pela medicina do amor e da compaixão,que são a base estrutural da felicidade humana.”
   Parabéns a todas as pessoas que estão engajadas na luta do bem!

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...