6 de ago. de 2020

Vida e Morte

Morte assunto difícil de ser abordado, mesmo sabendo que a qualquer minuto, hora, dia ou mês ela virá nos levar. Podemos fazer uma analogia com o nosso nascimento, quando ficamos por nove meses no útero de nossa mãe, que é um lugar quietinho, quentinho, literalmente, um ninho onde recebemos alimento na hora certa e cuidados necessários para a nossa sobrevivência futura.É o nosso mundo, o único que conhecemos, é repleto de boas e únicas experiências. Passado o tempo, o corpo da mamãe se prepara e nos ajuda a sairmos ou melhor somos expulsos, levados para fora sem ao menos sermos questionados sobre a nossa vontade em ali, permanecer, no aconchego do nosso único e conhecido mundo. De repente, nos vemos em um lugar barulhento, repleto de luz, dor pelas palmadas e o choro é o que nos resta.

Passado algum tempo nos sentimos acarinhados pelo papai e mamãe, que nos dá o seio e nos descortina aos poucos todas as surpresas que prepararam para nos receber. Claro, que estamos falando em uma família estruturada e um lar, então aquele mundo que foi só nosso, (útero),o qual pensávamos ser o único, onde tínhamos tudo acaba sendo esquecido, nem cogitamos para lá voltar.Semelhante, a morte nos leva sem nos questionar, ela ainda é tida como um tabu, muitos já foram vencidos, porém a "Morte", ainda traz grande mistério e medo. As crianças são poupadas em velórios, os pais as querem longe dos que morrem, nem conseguem dizer seu adeus, porém se elas fossem acostumadas aos velórios, entenderiam melhor o significado de "está junto de Jesus".


Certamente, se fôssemos questionados, indagados, na hora da morte, provavelmente, não deixaríamos esta vida, por pensar ou não saber o que encontraremos do outro lado, mas se papai e mamãe, aqui, na Terra,nos proporcionaram um mundo bom, (dentro de suas possibilidades), não há dúvidas de que Deus Criador, nos dará no mundo espiritual,todas as dádivas de que somos merecedores, pois o Mestre Divino nos prometeu uma vida de acordo com nossas obras , por isso, o nascer é uma analogia do morrer.

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...