Há diversas maneiras de começar a escrever sobre determinada pessoa, no entanto quando precisamos falar sobre a morte, fica extremamente difícil.
Reporto-me à Clarice Lispector :
"Eu desconfio que a morte vem. Morte?
Será que a morte é um blefe? Um truque da vida?"
Sábado, dia 10 de agosto, às 12h10, momento em que René Linhares Augusto deixa-nos para continuar a viver, em outro espaço. A notícia inundou as nossas cidades de tristeza pela perda do grande amigo, colunista.
René, era dono das palavras, pois as usava para professar a verdade. Percebia-se uma relação simbiótica entre ele e Lulu quando, para eles todas as utopias eram possíveis.
Ele era um homem dono de um currículo invejável, tinha uma vida muito ativa e fértil na família, na vida profissional, no esporte, na escrita. podemos aqui, até citar Olegário Mariano como se fosse René:
" Vida! Quero viver todas as suas obras,
As que prendi na mão e as que nunca alcancei." Ele era assim, cheio de vida para tudo. Ele nos parecia às vezes, sisudo semelhante a quem está de mau humor, mas ledo engano, bastavam poucos minutos para o nobre colunista abrir um sorriso e pôr rica prosa à mesa.
René, dono e conhecedor de muitas histórias, algumas clamavam por justiça, e muitas exigiam dele e Lulu muita fibra e coragem para manifestar-se, o que nunca os fez recuar. Sempre agarrou tudo com muita honradez e disciplina. Era um homem que não deixava nada passar sem resposta , lembrei-me de ter lido, em algum lugar, em certa ocasião, o pensamento de Josué Montello:
" Todo homem tem o dever de seguir a estrada que passa pela sua aldeia." E com certeza, René a percorreu toda, passo a passo levando o Jornal Caiçara a completar 60 anos de trabalho à sociedade, podemos dizer que ele seguiu a risca a expressão cunhada pelo apóstolo São Paulo -" ... combater o bom combate e manter a fé." Ele o fez com maestria em todos os sentidos.
Ao escrever sobre René, as palavras vão fluindo devido ao muito que se tem a dizer sobre ele.
Em sermão de 1890, o pastor Henry Drummond fala sobre o nosso encontro com o Criador. Diz ele:
" Nesse momento a grande pergunta do ser humano não será:" Como eu vivi? " Será, isto, sim: " Como eu amei"?
E René amou muito, amou a vida, amou incondicionalmente a família, amou o trabalho, amou os amigos e se foi no Amor para subir ao pódio e ganhar o troféu da missão cumprida.
Com a lembrança de quem amamos, mas que já partiram podemos com certeza, recuperar a alegria e a força de viver e além disso, termos em mente que:
" Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós."
Marli Terezinha Andrucho Boldori
Boa noite,professora Marli,tenho acompanhado seu blog sempre que volto de viagem.Hoje para minha surpresa li o seu artigo sobre a morte do grande Rene. Eu o conheci, Acompanhei muitas reportagens dele e da sua família.Vou me informar mais sobre o triste acontecimento. Tenha uma boa noite e obrigado por manter seu blog ativo.
ResponderExcluirCordialmente Jandir Amaral.
Caro Jandir,infelizmente perdemos o dono de muitas letras e grandes histórias.Fico contente quando sei que gostam do que escrevo,pois meu termômetro são os meus amigos de blog. Grande abraço!
ExcluirBom dia
ResponderExcluirExcelente!!
Desejo um bom dia
Abraço
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Olá Cidália,obrigada pela visita. Desejo a você também um lindo e abençoado dia. Grande abraço!
ExcluirÉ sempre uma perda assinalável quando se perde alguem que de alguma maneira deu o seu melhor para melhorar uma sociedade...
ResponderExcluirabraço
anacosta
Realmente, ficará em nós e em nossa sociedade uma grande lacuna que não será preenchida por mais ninguém,pois René,era muito bom no que fazia. Abraço!
Excluirhá um silêncio ensurdecedor quando a tinta da caneta já não pincela livre e altiva nas folhas de papel. um colunista amigo, admirado por tantos, que deixará saudades e boas lembranças. e que voe em paz...
ResponderExcluirQuerida Any, que belas palavras para expressar a grande perda.O silêncio será quem sabe mais ensurdecedor que hoje, mas as boas lembranças apaziguarão nossos corações.
ExcluirBeijo,minha querida!
Belíssima crônica, amiga Marli. O René Linhares Augusto foi tudo o que você descreveu. Era maravilhoso e enriquecedor manter uma prosa com ele. Realmente havia
ResponderExcluiruma união de idéias e muito afeto entre ele e nossa caríssima amiga Lulu; talvez a grandeza espiritual que guia a FAMÍLIA AUGUSTO. Nosso consolo é saber que seu espírito continua vivo. Que os bons espíritos estejam amparando nosso amigo.Aldair Wengerkiewicz Muncinelli
Querida amiga,Aldair, primeiramente é uma grande alegria tê-la em meu singelo espaço, que agora é seu também. A falta que René fará,será imensurável, não apenas para Lulu, mas para todos nós, seus amigos ou apenas seus leitores. Como disse, Mariane no comentário acima... e que voe em paz...
ResponderExcluirObrigada,amiga, grande abraço!
Marli,muito verdadeira essa frase final;a morte é inevitavel e todos nós iremos nos encontrar num outro plano um dia!Que linda e emocionante sua homenagem!Deixo meus sentimentos a toda familia!bjs,
ResponderExcluirOlá Anne,o bom é acreditarmos que em outra vida vamos nos encontrar. Alguns partem antes, pois já realizaram o que vieram fazer aqui.Obrigada, minha querida.Grande abraço!
ExcluirLamento!
ResponderExcluirQue o René faça sua viagem em paz.
Um abraço para a família dele.
Olá Claudio,obrigada pela visita e comentário.Todos desejamos que ele faça uma viagem feliz de volta ao lar,pois aqui na Terra ele terminou o roteiro. Abraço!
Excluirbom dia
ResponderExcluirGostei muito de ler...
Tenha um dia feliz
beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Olá Cidália,obrigada pela visita e comentário. Fico feliz por ter gostado da crônica. Volte sempre, pois és bem vinda! Grande abraço!
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