E a luz apagou.
A passos lentos, dirigiu-se ao camarim.
Margaridas brancas em um pequeno vaso, faziam-lhe companhia.
Sentou-se em frente ao espelho.
Abriu a pequena gaveta.
Em meio a maquiagens e ilusão, pegou um pequeno pedaço de
pano.
Aos poucos, a maquiagem foi dando lugar às rugas e marcas do
tempo.
Olhou para o relógio, faltavam dez minutos para daqui a
pouco.
Depois daquela noite, nunca mais.
De repente, ao se dar conta, percebeu seus olhos marejados
Mas, dessa vez, não pela alergia que a maquiagem causava
Apenas porque o tempo passou
Apenas porque o mundo se tornara mais frio
E as crianças de hoje, já não queriam mais aplaudi-lo no
picadeiro
Já não o consideravam mais.
Mas seus olhos brilharam ainda que mais uma vez, ainda que
pela última vez
Ao perceber, atrás da coluna de concreto
Um pequenino, com uma bola de plástico vermelha no nariz,
Reverenciando o público imaginário.
Lindo e emocionante!!! Pobre palhaço!!! bjs, chica
ResponderExcluirO meu aplauso para este post...Parabéns!!
ResponderExcluirTenha uma excelente semana.
beijinho
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Gostei demais! Tudo passa e ninguém fica eternamente no palco. Sentir que foi importante, ao ver seu exemplo seguido, é felicidade, não só para o palhaço em fim de carreira, mas para qualquer um. Bjs.
ResponderExcluirTocante, bj Lisette.
ResponderExcluirGostei muito, amiga.
ResponderExcluirNão é fácil "desligar" da ribalta e olhar a realidade. Fica sempre um espaço de esvaziamento... Aprender a lidar com isso, exige muita força interior.
Bjo, Marli :)
Por algum momento coloquei-me no lugar do artista mágico despedindo-se do picadeiro, onde fazia crianças e adultos felizes, e pude sentir um pouco da amargura causada por tal despedida.
ResponderExcluirAbraço, Marli.
Muito tocante. Gosto dos palhaços. E acho que não têm uma vida nada fácil...
ResponderExcluirUm beijo.
Boa tarde, a realidade por vezes ou muitas vezes é cruel, ela trás o transtorno e um vazio de alma. O texto é maravilhoso.
ResponderExcluirAG
Querida amiga Marli, amei teu poema, o qual remeteu-me à minha infância, época que eu amava o circo.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um lindo fim de semana.
Olá, Marli
ResponderExcluirO tempo passou e a frieza implantou-se.
A consciência dói como uma ferida aberta no peito. Inultrapassável. Pode-se enfeitar a realidade, enganar os olhares alheios, engolir a lágrima, mas a dor não abranda.
Palhaço e tristeza não combinam, mas é realidade.
E, na pele do palhaço, muitos de nós.
bj amg
Maravilhoso! parabéns amada! beijinhosssssssssssss
ResponderExcluirRúbia
Bom dia Marli..
ResponderExcluirsemana atrás esteve aqui na minha pequena cidade um circo..
e é bem o que retrataste..
parece que a alegria se perdeu..
as pessoas mais frias, mais distantes..
que um dia isso mude..
bjs
Olá, querida Marli
ResponderExcluirEmocionante de se ler!
Realidade dura para todos e não só os palhaços...
Bjm fraterno
eis u grandioso talento: tocar na emoção da gente! lindo lindo, abração
ResponderExcluirEmocionante texto com expressivas palavras. uma bela semana
ResponderExcluirBelo e triste, Marli. Boa semana!
ResponderExcluirMuito bom, Marli!
ResponderExcluirSeu texto é muito sensível e atento a todos os detalhes!
Grande abraço e sucesso!