Recentemente, eu estava fazendo um trabalho
em uma instituição e percebi uma garota isolada do seu grupo, parecia ter
chorado, e dava-nos a impressão de que apenas queria ficar sozinha.
Fiz algum comentário com algumas meninas sobre
a situação e, elas me responderam:
- Ah! professora, ela não quer nem
conversar, nem brincar, e o que faz é de má vontade.
Fiquei imaginando o que estaria acontecendo,
pois pelo que presenciara nada faltava a ela, naquele maravilhoso lugar.
Aproximei-me silenciosamente para não
perturbar a sua meditação, ao perceber a minha presença, fez menção de sair,
ela estava sentada à sombra de uma linda árvore florida. Despistei e sentei em
um banco quase ao seu lado. Puxei conversa.
-Olá! Tudo bem com você? Por que está aqui,
sozinha? Não gosta deste lugar?
A menina ergueu a cabeça e começou a falar,
mostrava na voz a sua inquietação, falou que se sentia como uma prisioneira,
pois havia horário para todas as atividades, e o pior disse-me ela:
-Não podemos usar o celular aqui, não consigo
viver sem me comunicar.
Fiquei
assustada com as palavras dela, foi um desabafo muito triste, porque ela disse
que a vida dela dependia de um celular.
Infelizmente,
o fato acontece muito com a maioria não só de jovens, mas de muitas pessoas.
Para os jovens, principalmente, ficar sem celular é um grande castigo. Em uma
época não muito distante, presentear os filhos com um carro, era um presente
que mostrava à sociedade o “status”, da família, hoje substituído pelo celular.
O celular e internet nos trazem muitas
facilidades, as quais não há necessidade de nomeá-las, porém há a obrigação do
controle, pois tudo que é exagerado traz malefícios à saúde.
A necessidade de estar sempre conectados
gerou uma sociedade de adolescentes obcecados pelo imediatismo, como: esperam
por respostas rápidas, conversas ligeiras, encontros nada longos, e, se algo
for além do tempo, previsto por eles, gera uma grande ansiedade. E, como as
relações virtuais andam juntas com as reais, podemos pensar que é um dos
motivos para que os relacionamentos não tenham vida longa. Tudo parece ser
descartável, infelizmente, o celular se tornou um item de consumo favorito da
população. Às vezes, nos assusta quando
dois jovens, que estão próximos, usam o celular para se comunicar, trocando
assim o encontro, o olhar nos olhos, a voz, o sentimento, por mensagens, as
quais, muitas vezes acontecem por meio de simples “emoticons”. A preocupação é
grande quando os limites desta comunicação deixam de fora a presença física da
outra pessoa, causando assim a facilidade de falar sem se preocupar com as
reações do seu interlocutor.
“Mas para manter relações saudáveis, é
preciso fazer um uso inteligente dos recursos tecnológicos e evitar os excessos
da “dependência da conectividade”. Nesse ponto, a escola e, principalmente, os
pais são responsáveis pela educação dos jovens.”
Penso que deve haver o bom senso para não ficar conectado o tempo todo, nem há
necessidade de fazermos como a França ,mas uma boa dosagem de tempo, cada um
deve fazer de acordo com a sua necessidade e consciência, "como empresa a gente se vê
obrigado a estar conectado um tempo muito grande na internet, mas os usuários
têm de praticar o 'nadismo', desconectar um tempo, passar um tempo descansando
fora das telas".
“O
verdadeiro perigo não é que computadores começarão a pensar como homens, mas
que homens começarão a pensar como computadores” Sydney J. Harris, jornalista e
escritor estadunidense.
Texto bem acertado, bem próprio pra esses dias onde parece a internet separa pessoas, ao invés de unir... Equilíbrio mais do que necessário! bjs, chica
ResponderExcluirOs perigos está em não saber usar. É preciso muito cuidado. Gostei muito do texto.
ResponderExcluirHoje:- Âmago em transparências
.
Bjos
Votos de uma boa noite.
A Internet é um vicio que nos rouba espaço para outras coisas. Mas no qual, sem ela, "não conseguimos viver"... Há que saber usá-la.
ResponderExcluirBeijos. Boa noite
Concordo muito! Parece uma necessidade estar conectado todo o tempo. A minha sobrinha de 13 anos vive assim. Quase não conversa e só fica no telefone. Minha irmã tirou por um tempo por isso. E ela ganhou livros e está super interessada. Acho saudável explicar a eles que a vida é mais que internet!
ResponderExcluirbeijos!!
https://ludantasmusica.blogspot.com.br
As pessoas não se dão conta que o celular, que as redes sociais são viciantes. E como é um vício aceito, não agride, as coisas continuam assim em todas as idades. E como não tem idade, se orgulham na fuga, atrás da dita sociabilidade...
ResponderExcluirgostei muito, amiga, um beijo!!!
Olá, Marli!
ResponderExcluirUma bela crônica, abordando casos sobre o mundo da Internet, que nem sempre é de terreno sólido, ao contrário, muitas vezes se pisa em areia movediça. Tem o seu lado extraordinariamente bom, mas tem o seu lado perigoso. Gostei muito, minha amiga.
Um abraço.
Pedro
Bom dia, colega Marli!
ResponderExcluirPor essas e outras que meu celular não tem chip, só o uso para filmar, registrar imagens dos meus trabalhos, das coisas bacanas que encontro. Só o fixo e o computador, me bastam. Acho triste as pessoas ficarem mergulhadas nas telas e se esquecerem da vida, do tempo, do mundo. :( Ontem mesmo, no centro da cidade, quase trombei de bicicleta com uma pedestre que olhando a tela do celular, foi atravessar a rua e só olhou pra um dos lados da rua.
Ei, moça!
Tem postagem nova no meu blogue também, passe por lá e confira!
Ficarei feliz com tua visitinha e comentário, sempre tão indispensáveis e gentis.
Te espero por lá, ok?
Tenha um fim de semana supimpa. Abração pra você! :)
Como em tudo, os pais devem incutir bom senso aos seus filhos no uso das novas tecnologias de comunicação.
ResponderExcluirMagnífica crónica, parabéns.
Bom fim de semana, amiga Marli.
Um abraço.
Amiga, embora não tenha sido oficialmente legalizado, o dia 20 de março, desde 2004 que comemora-se como sendo o dia do Blogueiro ou da blogueira.
ResponderExcluirComo gosto de comemorar dadas em especial aquelas que acho bem merecidas, hoje, vim aqui parabenizar você por ser essa profissional da blogsfera competente, criativa e que com muita responsabilidade mantem o seu blog.
Parabéns por ser essa blogueira maravilhosa que nos encanta com suas postagens.
Abraços da amiga Lourdes.
Tem postagem e tem selinhos comemorativos nos meus blogs.
Boa noite querida Marli, tenho várias poesias sobre o celular e seu uso que tem destruido estas gerações, se conectam a tudo menos a si mesmos,
ResponderExcluirse amanhã ou depois der pane no satélite, muita gente simplesmente evapora deste plano, pq a dependência é absurda,
faz uns meses que comprei o celular, não o tinha, comprei por necessidade do trabalho, mas não faria questão de o ter, linda noite a vc bjs
Olá, Marli.
ResponderExcluirGostei muito do seu posicionamento besta excelente crônica, da qual destaco estes trechos:
"Aproximei-me silenciosamente para não perturbar a sua meditação, ao perceber a minha presença, fez menção de sair, ela estava sentada à sombra de uma linda árvore florida. Despistei e sentei em um banco quase ao seu lado. Puxei conversa.
-Olá! Tudo bem com você? Por que está aqui, sozinha? Não gosta deste lugar?
A menina ergueu a cabeça e começou a falar, mostrava na voz a sua inquietação, falou que se sentia como uma prisioneira, pois havia horário para todas as atividades, e o pior disse-me ela:
-Não podemos usar o celular aqui, não consigo viver sem me comunicar.
Fiquei assustada com as palavras dela, foi um desabafo muito triste, porque ela disse que a vida dela dependia de um celular."
Parabéns minha amiga.
Um ótimo final de semana.
Um abraço.
Pedro
Olá, querida Marli!
ResponderExcluirUm texto, como sempre, mto bem escrito. Parabéns! você é uma escritora de mão cheia.
Infelizmente, tudo o que você conta nele é uma dura e triste verdade/realidade. O celular passou a ser o melhor amigo, sobretudo dos jovens, e se perdeu o diálogo.
Há k saber dosear essa situação. Podemos estar no celular, durante um tempo, mas depois passar para a realidade.
De vez em qdo, deixo o meu em casa, propositadamente.
Beijos e uma linda semana.