"Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjetiva. Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto as estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa de seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor." - Augusto Meyer (1902-1970), "À Sombra da Estante".
Hoje me encontrei com uma amiga entre uma ruela e outra da livraria. Entre folhas e capas duras, conversamos sobre a importância das palavras, o quanto elas nos fascinam, e o quanto as palavras estão sendo trocadas pelos computadores e devaneios juvenis, sem objetivo algum.
Ao abrir um livro, começar pelo prefácio, passar a mão levemente sobre suas páginas, é um caso de amor sim. Poderá durar uma semana, um mês, um ano, ou a vida inteira, caso você o deixe sempre por perto e o releia quando sentir ''saudades'' do se sentir acariciar por suas linhas.
Podemos conhecer o mundo através de um livro, ou ir até a esquina. Podemos chorar, rir ou odiar fulano, cicrano ou até mesmo nós mesmos, enquanto nos infiltramos nas páginas e frases bem colocadas.
Sem nos importarmos com o final, devoramos histórias e guardamos um pedaço dela dentro de nós.
Um livro nunca será de um todo perdido. Mesmo que a história não nos agrade, ou o autor não esteja na lista dos favoritos, mas com certeza ao menos uma frase entrará profundamente em nós, e ali perceberemos o quanto valeu a pena ter aberto tal livro.
Toda a juventude deveria ir dormir e acordar com um livro novo a cada dia. Todas as crianças deveriam conhecer Ziraldo e seu Menino Maluquinho.
Não apenas Pelé e o samba.
Todos deveríamos ter uma grande varanda, onde o pôr do sol deixasse a violeta mais rosada, com um cachorro preguiçoso deitado sob a cadeira de balanço, enquanto os pássaros ciscando as quireras no chão, ouviriam, ainda que pela última vez, a minha leitura de Machado de Assis, Clarice Lispector ou até mesmo um poema escrito para um antigo amor, guardado a sete chaves na gaveta da nossa Alma. Abra seus braços e voe: leia um livro!
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Você sabia que no Brasil existiu campo de concentração antes da 2ª guerra mundial. Ver em:
ResponderExcluirhttp://valdecyalves.blogspot.com/2010/10/caminhada-da-seca-de-senador-pompeu-em.html
Caro amigo Valdecy.
ResponderExcluirGostaria de pedir que levantassem as mãos aqueles que lembram ou viram nos últimos tempos como a História de nosso país é tratada nos livros que são abertos ao menos uma vez por semana nas mesas escolares.
Perguntar aqui quantos sabem que o menino que deu o Grito do Ipiranga, não passava de um pau mandado, que seu grito foi sim de raiva, cacago em calças que estava devido a uma diarréia inesperada, e nada montado em um alazão branco, era uma mulinha mesmo, animal muito utilizado na época para subir e descer morros e montanhas.
Amigo, o Brasil ainda esconde em suas ladeiras e buracos muitos campos de concentração, sem esquecermos que nosso país pode ser dividido em vários países, em vários Brasis.
Muito obrigada pela sua visita, assim como o de todos que apreciam o Naco de Prosa.
Valdecy,volto a falar com você para lhe dizer que eu fiquei tão fascinada com os assuntos de seu blog que, esqueci da parabenizá-lo por trabalho tão edificante e que nos dá a oportunidade de conhecer mais sobre o que acontece em nosso amado país.Obrigada ,volte sempre ,pois aprecio uma prosa boa como a sua.
ResponderExcluirAbraço!
"MAS LOUVE-SE O LIVRO E A MAGIA QUE ELE CONTÉM, A PALAVRA QUE ELE NOS TRAZ, AQUELE SENTIMENTO DE PARTILHA E CUMPLICIDADE QUE NOS TRANSMITE QUANDO O FOLHEAMOS. TRANSMITIR ÀS NOVAS GERAÇÕES O VALOR DO LIVRO É UMA RESPONSABILIDADE QUE NOS CABE.
ResponderExcluirVIVA O LIVRO, O LEITOR E O AUTOR, GÉNIO CRIADOR DE ESCRITOS QUE NOS TRANSMITEM CONHECIMENTO, NOS FAZEM SONHAR E POR VEZES VOAR NUM INFINITO MÁGICO.”
ARFER
Olá ARFER,obrigada pela visita e seja sempre bem vindo!
ResponderExcluirSeu comentário veio enriquecer o Naco de Prosa.Gostei muito do seu comentário e assino embaixo,pois é isso mesmo que devemos fazer , não desistir de sermos responsáveis pela formação de novos leitores.
Um abraço!
Parabéns pelo belo espaço, minha cara!
ResponderExcluirObrigda pela visita e pelo gentil comentário!
Um grande abraço,
Lou