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Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Olá Marli, que felicidade encontrar-te aqui. Tenho um outro blog que outrora esbocei uma poesia, mas não o continuei. Ei-la:
ResponderExcluirDescompassando o compasso
Estivesse eu querendo acertar
Tentasse eu querendo errar
Pudesse eu fazer tão belo
Pensasse eu que fosse entrar
Cantasse eu em tom mais baixo
Ouvisse eu em som mais claro
Sonhasse eu em verdes campos
Vivesse eu em brancas brumas
Amasse eu o amor mais louco
Gritasse eu à ouvidos surdos
Dançasse eu em rodas poucas
Dormisse eu em camasutras
Chorasse eu pelo esquecido
Brincasse eu pela alegria
Lutasse eu pelos perdidos
Ganhasse eu não a razão
Estendesse eu a mão que abate
Dobrasse eu o julgo leve
Entoasse eu a voz mais rouca
Seguisse eu só o compasso
Tocasse eu só a semibreve
Descompassasse eu só o teu passo!
Que bom ter você em minha casa e com tão delicado presente.Belo e sublime poema...
ResponderExcluirVolte sempre,pois sua presença vem deixar mais interessante este cantinho lindo e gostoso.
Um abraço!