13 de dez. de 2020

Livro As parteiras e seu ofício de "aparar bebês"

Imagem Google/TVMill




     No dia 27 de novembro, próximo passado, a professora Leni Trentin Gaspari, além de brindar os leitores com sua mais recente obra: As parteiras e seu ofício de 'aparar bebês” nos presenteou com a belíssima e interessante pesquisa, a qual deu forma e beleza ao seu livro. 
A obra me chamou a atenção desde que tomei conhecimento dela. Estava ansiosa para ler sobre as parteiras de nossas cidades e arredores. Mais feliz fiquei, quando soube que a parteira que me aparou, quando nasci, está em seu livro. Há o ditado, que todo homem só pode alcançar a sua beatitude quando tiver um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Extremamente interessante, mais ainda, quando o conteúdo do livro é sobre o nascimento dele próprio, contando sobre o belíssimo trabalho de aparar os bebês que vêm ao mundo. A autora gestou sua obra por muito mais que os nove meses, foram muitos longos meses, que se transformaram em exatos dois anos entre pesquisa e escrita. Nesse tempo de gestação a autora precisou fazer todos os tipos de acompanhamentos como: visitas às famílias das parteiras, viagens, entrevistas, muitas leituras de referência, estava sempre cuidando para que nada escapasse aos seus olhos, para que nada prejudicasse o nascimento de sua grandiosa obra. Ela estava em constante diálogo com seu livro, pois a alma do gestado sempre a respondia. E assim, num trabalho que conjugou talento e dedicação de longo tempo, nasceu a sua obra. 

   Cabem a nós, leitores, percorrermos o caminho excepcional para obtermos as mais variadas sensações, mescladas, com certeza, de muita emoção, ao folhearmos cada página: pois é só assim que, realmente, essas histórias ganharão vida e cor, porque será uma conversação com as mais incríveis pessoas, e algumas do século passado. Professora Leni nos conta, mediante sua pesquisa, histórias de mulheres que se dedicaram grandemente à arte de partejar, e que elas eram eruditas em seu ofício, no entanto, não aprenderam nos livros de papel, leram diretamente no livro do Universo, e podemos considerar a profissão de partejar a mais antiga do mundo. A história de cada parteira causa emoção imensurável, por isso, cada pessoa deve fazer essa caminhada com sua própria leitura, pois há muito sentimento envolvido do início ao final do livro a autora nos conta que em tempos remotos os bebês nasciam com o auxílio de Deus e da mãe biológica, quase há a possibilidade de se imaginar como deveria ser e quantas mortes aconteceram. 

   Após muito tempo, os povoados começaram a surgir e, com eles, a interação das mulheres com outras mulheres, o que levou à proximidade, à amizade e à ajuda no parto, com as mulheres, que se tornaram as “aparadoras de bebê”, ainda deficientes em tudo, mas já ajudavam as mães a trazerem seus filhos ao mundo. A autora relata que seus estudos de pesquisa e obras sobre o assunto confirmam que o “ofício de partejar” foi passado a todas oralmente, cada uma explicava a outra como era a sua maneira de aparar o bebê, o que foi confirmado pelas entrevistadas. Interessante que para todas as parteiras, a cada parto, ela ganha um filho, e as crianças nascidas pelas suas mãos a consideram uma segunda mãe. No Brasil, as parteiras são inúmeras e incontáveis, muitas viajam quilômetros a pé, a cavalo, em pequenas embarcações, por estradas, rios ou no meio da mata. Às vezes, devido às dificuldades de locomoção, passam vários dias na casa da parturiente, à espera da hora do parto. As parteiras começaram o seu ofício em pequenas aldeias, pois se havia hospitais, além de distantes não eram acessíveis à população. Cinco de maio é o "Dia Internacional da Parteira". O último levantamento do Fundo de População das Nações Unidas mostrou “que as parteiras podem ser a diferença entre a vida e a morte para cerca de 300 mil mulheres por ano”. A data de celebração à profissão foi criada em 1991, pela Organização Mundial de Saúde. A Lei 13.100/15 institui 20 de janeiro como “Dia Nacional da Parteira Tradicional”.  
Uma obra que deve ser lida com muito carinho. 

Parabéns, professora Leni Trentin Gaspari!

12 comentários:

  1. Uma publicação com um texto muito interessante! :))
    --
    Nos labirintos da minha alma.
    -
    Beijo e um excelente fim de semana.

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  2. Acredito que seja um livro muito interessante de ler

    Cumprimentos

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  3. Depois de ler seu ótimo texto, só posso parabenizar a Leni e desejar-lhe grande sucesso com sua obra. Esse é um trabalho cujo preparo vem, acima de tudo, creio eu, da sensibilidade e do amor. Bjs.

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  4. Repito também "Parabéns, professora Leni Trentin Gaspari!"
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  5. O texto está ótimo, amiga! E, realmente, o livro já desperta interesse pelo próprio assunto, que faz parte da nossa história e da história do País. Minha mãe teve 4 filhos, todos em casa, aparados por parteiras; como eu disse, as parteiras fazem parte da nossa história! Meu abraço, boa semana.

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  6. Olá!

    Pois sim...

    Gostei do texto.

    Saudações!

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  7. Olá, caríssima!

    Hoje é só para desejo-lhe uma óptima Quadra Natalícia!

    Saudações minhas!

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  8. Boa tarde minha querida Marli. As parteiras também são um instrumento de Deus para trazer muitas crianças ao mundo.

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  9. Essas mulheres, parideiras, são
    dignas de todo o louvor. O que
    seriam das futuras mamães se
    não fossem esses anjos no interior
    do país?
    Um beijo a todas elas, a Leni e
    a você, Marli, os melhores votos
    de um Feliz Natal.

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  10. Ola obrigada pelo seu carinho no meu cantinho a minha mae tambem ajudava a pore ao mundo bebes obrigada pela partilha gostei muito desejo lindas e felizes festas volte sempre bjs saude

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  11. Parece-me importante a divulgação dessa obra, porque releva uma profissão que tem uma solicitação diária à escala mundial.
    Afinal, o adequado desenvolvimento equilibrado do ser humano começa, ou deve começar, logo a a partir do seu nascimento.
    Um grande e sentido bem haja.
    Juvenal Nunes

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  12. Gostaria de vos desejar um feliz Natal pessoalmente. Não o podendo fazer, resta-me desejar-vos muita saúde. Um Natal tranquilo sem sobressaltos...extensivo aos vossos familiares e amigos. Que todos tenhamos a noção de que o perigo nos prossegue e espreita em cada esquina. Voltarei dia 27. Sory, pelo copy-past.

    .
    É OUTRA VEZ NATAL...
    .
    Beijo. Uma excelente semana, e Boa Festas.

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