Há muitas
pessoas que em certa altura da vida planejam casar e constituir uma família.
Quando o
casamento acontece, vem a necessidade dos filhos.
A alegria de
preparar tudo para a chegada do grande dia, uma criança saudável é esperada,
nada foi diagnosticado de errado com o bebê, durante a gestação. Porém, no
hospital, os pais já têm conhecimento de que sua filha é especial. Especial,
termo que atinge diversas síndromes infantis. Crianças são especiais por
natureza, no entanto há algumas que necessitam de acompanhamento especial, e
muito amor por parte de toda a família e sociedade.
Percebemos
suas necessidades quando vivemos próximo a elas, convivi por vinte e três anos
acompanhando a vida de uma criança especial, e que nos deixou há pouco tempo,
em idade adulta.
Ela viveria
apenas por um ano mais ou menos, palavras do médico, quando ela nasceu tinha o
rostinho mais lindo do mundo, como não se encantar e tentar dar o melhor a uma
criança especial. No entanto, havia muitas complicações relacionadas à sua saúde
e seu futuro, um ano de vida apenas, porém, o amor e cuidado dos pais e avó
materna foram relevantes para todos estes anos de vida. A mãe da Aninha, como a
chamávamos deixou o emprego para dedicar todo seu tempo à filhinha. Percebíamos
a alegria dos pais ao cuidarem dela, jamais houve nenhuma lamentação. Logo após
a notícia dada pelos médicos de como seria a vida dela, houve momentos de
culpas, e a pergunta: quem é o culpado?
Ela nunca falou, nem andou, mas viveu com muito amor.
É muito
interessante fazer uma analogia da história, dessa garotinha especial com o
texto: Bem -vindo à Holanda, autoria da escritora americana Emily Perl
Kingsley, a qual nos conta sobre uma pessoa, que tendo comprado uma passagem à
Itália acaba desembarcando na Holanda.
Houve muitos
preparativos para a viagem, preparo das mínimas coisas da melhor maneira,
estudou locais para conhecer, comprou guias turísticos, roupas adequadas para
cada fase do passeio. No dia da viagem faz uma revisão em tudo para ter certeza
de que está tudo certinho. Chega o grande e esperado dia, pega as malas,
ansiedade misturada com emoção, embarca.
Após algumas
horas, o avião aterrissa, ouve a voz do comissário:
-Bem-vindos
à Holanda!
Susto, como Holanda, minha viagem era para a
Itália? Porém, é aí que deve ficar. A dor que isso causa, nunca irá embora
porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa. No entanto,
se você passar a vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca
estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais existentes na
Holanda. Foram meses de preparação e espera para a famosa viagem.
Ao descer e
conhecer um pouco deste lugar percebe que não é tão ruim, há muita coisa para
ver e aprender. O mais importante é saber que o lugar é limpo, sem doenças ou
fome. Deve aprender um pouco da nova língua para facilitar a convivência.
Percebe que
é um lugar mais baixo, menos ensolarado que a Itália, aos poucos vai percebendo
que não há : O Coliseu, o Davi de Michelangelo, As Gôndolas de Veneza, portanto,
há tulipas, moinhos de vento, é uma grande perda, no entanto, se analisar bem
você teve condições belíssimas de conhecer e apreciar coisas muito especiais,
que só existem na Holanda.
Na família
ficou registrada a vida maravilhosa que teve a nossa Aninha, que nos mostrou
como Holanda é um país lindo.
Leitura agradavel
ResponderExcluirEmocionante texto e graças à Deus ,sempre e cada vez mais tenho visto que as família, como no texto com a família da Aninha, podem levar un susto ao ver que desembarcaram em lugar errado, mas curtem, aprendem, conhecem cada vez mais a "Holanda" que receberam...ADOREI! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirExcelente leitura! :)
ResponderExcluir-
Se eu escrevesse a estória da minha vida
-
Beijos, e ua boa tarde!
Querida Marli, mas que história linda, que exemplo!
ResponderExcluirSem dúvida que foi uma criança muito feliz e muito amada.
Espero que estejas bem e tua família também.
Está indo longe essa pandemia mas uma hora isso acaba!
Um beijo, feliz fim de semana, amiga!
Saudades!
Que coisa bonita, Marli. Ora, os acasos vêm nos mostrar horizontes também. E sobre a Aninha, deve ser linda. Já trqabalhei em pastoral de igreja com crianças especiais, uma das melhores fases de minha vida, eu amava estar com elas, brincar com elas, ganhar abraços, jogar bola. dançar.
ResponderExcluirUm texto muito sensível. Gostei da história da Aninha e da analogia que faz com a viagem à Holanda. Há que aproveitar tudo o que a vida nos proporciona. Muita saúde, Amiga.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Na vida, nem sempre aterramos onde queremos...
ResponderExcluirUma analogia muito bem conseguida. A diferença não pode (ou não deve) impedir a felicidade.
Continuação de boa semana, querida amiga Marli.
Beijo.
Thanks and praise be at all times to the most holy and most holy sacrament of amen
ResponderExcluirMarli, a vida é assim:
ResponderExcluirSe a gente faz um plano,
E Deus outro, o engano
Nunca seria ruim,
Pois se Deus achou afim
A nós, é o que deve ser
Melhor. Nosso parecer
Não fará sentido algum
Porque se é incomum
Teremos maior prezer.
Linda e comovente história. Abraço fraterno. Lerte.
Olá, Marli Terezinha, uma história triste dessa criança especial. Os pais, certamente, viveram dias muito difícil, pois aceitar um filho assim, não é obra para poucos dias. Conheci aqui, onde moro, um médico, cirurgião plástico que tinha vários filhos e não se conformou quando o caçula nasceu especial. O pai levou um par de anos para aceitar a criança. Na segunda parte dessa crônica vimo um pouco da Holanda, um lugar cheio de encanto e de uma cultura muito avançada. Uma excelente postagem, minha amiga!
ResponderExcluirParabéns! Uma boa semana, com saúde e paz.
Um abraço