30 de abr. de 2012

Um tapinha não dói


primeiro quero dizer que não sou mãe, psicóloga ou socióloga, e não tenho pretensão de ser.

pois bem, estava eu mudando de canal à procura de algo bom numa noite de domingo.

não encontrei nada bom, mas algo me chamou a atenção, uma matéria na Record: um vizinho filmou o pai dando chineladas na filha.

sei que estou entrando em um campo minado, mas sei aonde as ''bombas'' podem eclodir.

a lei que proíbe a palmada nas crianças está em vigor a todo vapor, graças à mídia e a Xuxa que, modéstia parte, não sei em que mundo rosa vive.

já fui criança, acreditem.

e um tapinha não me matou, não me transformou em um monstro, e não me fez usar drogas.

pelo contrário, bastaram alguns tapinhas ou chineladas na bunda ( posso dizer isso aqui? ), que tudo se ajeitou.

estamos falando aqui de um País com desigualdades gritantes, com crianças que vivem estas desigualdades, e com pais despreparados para lidar com as reações que esta realidade traz.

proibiram o tapinha, a chinelada alegando que isso gera uma violência muito maior.

perdão aos letrados no assunto, mas um tapinha ou uma chinelada não leva a um soco, a uma porrada ou a um estupro.

aos alienados, explico-me: a vida ensina a sermos pessoas melhores, e como ela faz isso? na dor.

ou seja num final de relacionamento, ou seja na perda de um ente querido, ou seja na amputação de um membro.

e um tapinha ou chinelada na bunda se tornam ínfimos.

não estou aqui para erguer uma bandeira e gritar ao mundo: espanquem seus filhos! não mesmo.

o que quero de volta é a velha e boa educação.

quem, afinal, tem o direito de intervir na criação de um filho?

quem, afinal, sabe o que a criança poderia ter sofrido, se o pai ou mãe não dessem um tapinha em sua mão quando a mesma quase a colocou no buraco da tomada?

perdoem-me os doutores de plantão, mas o que será dos futuros homens deste país se não apreenderem, desde pequenos, que a vida é dolorosa, sim.

e que a dor ensina, sim, a viver e nos tornarmos pessoas melhores.

não, não sou sádica.

apenas realista.

vejo crianças matando, colocando fogo em índio, transando, fazendo orgias virtuais, desrespeitando pais, roubando os avós, cuspindo na cara das próprias mães, e a Lei proíbe um tapa?

uma chinelada?

eu acho que devo rever meus conceitos com urgência, ou a Lei, mais uma vez, ficou cega, surda e muda.

sem mais para hoje.

despeço-me.



em tempo: sou a favor de uma lei para o menor trabalhar sim, não estágio, que o menor não vote, que o menor seja preso se matar, roubar e estuprar. caso isso vire realidade, aplaudirei qualquer outra lei sem nexo que o presidente ou a presidentA, no momento, aprovem.




22 de abr. de 2012

Remember when - Carl and Ellie (UP)



Alimento da alma.




Este vídeo que compartilho com vocês é do blog da minha amiga Regina.O blog dela é Casa de Retalhos.Vale a pena conferir.Foi um presente do marido para ela, no dia do seu aniversário.



A música REMEMBER WHEN é uma das que eu adoro ouvir,por isso ela está aqui, para podermos juntos ouvi-la e sentir o calor em nossa alma. Desde pequena aprendi que a música é o alimento da alma.Alimentamos o físico e esquecemos de nosso interior.Um presente para meu blog ......Obrigada Regina!

14 de abr. de 2012

12 de abr. de 2012

Ao meu Avô

gosto de pensar que existe um céu


onde meus entes queridos, que já se foram deste Plano Terrestre,

estão, por fim, vivendo a felicidade eterna


gosto de pensar que um dia me encontrarei com eles


gosto de pensar que as estrelas se mexem no céu


apenas para amenizar as lágrimas que meu coração deixa escorrer de saudades


gosto de pensar que meu avô está em um lugar bom


e continua olhando por mim


ele se foi há pouco tempo


e o egoísmo humano que todos temos de não querer deixar a quem amamos ''partir''
é forte dentro de mim


a saudade, o querer abraçar o que já não está mais presente


o ter que aceitar que ''só'' as lembranças me trarão ele de volta...


tudo é tão difícil


tudo se torna tão pequeno diante da morte


falam-nos que é a única certeza que temos: a morte


apenas esquecem-se de nos ensinar como lidarmos com esta senhora enfadonha e inoportuna


o tempo ameniza a dor


os amigos nos fortalecem


mas a verdade é que ninguém traz nossos amados de volta


é a lei da vida: morrermos


é a lei de Deus


e por mais que não entendamos


temos que unir as mãos


temos que nos ajoelhar


e agradecer a Deus pelas pessoas que Ele pôs em nossos caminhos


gosto de pensar que Deus enxuga minhas lágrimas quando, triste, uma criança me sorri


e gosto de pensar que, em momentos de saudades, Ele chama meu avô pessoalmente


e diz: sua neta pediu para lhe dizer que o ama.





Mariane Boldori

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...