29 de nov. de 2018

A consciência do bem e do mal


   

      Hoje, em uma roda de amigos, o assunto foi sobre as decisões erradas que tomamos e o mal que causamos às pessoas, muitas vezes inconscientemente, pois nem sempre temos consciência para diferenciar se é bem ou mal.
    Conceituação de bem e mal: em religião, ética e filosofia, o bem e o mal referem-se à avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direção, estão aqueles aspectos considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente negativos.
Podemos analisar a frase que ouvimos diversas vezes e até fazermos uma analogia com o tema.
A Luz não existiria se não houvesse a Escuridão
  Estamos em luta pessoal diariamente, o que nos mostra que há dois exércitos, o do mal e o do bem, e que às vezes a nossa consciência decide assumir um deles em certa altura da vida, e assim temos a certeza de que o bem e o mal têm potencial igual. Será que fazemos o mal?
Então vem a pergunta: o que é considerado errado, o que é considerado como o mal, o qual nos leva para o lado sombrio?
Há infinitos atos que praticamos e, sequer imaginamos ser algo que cause o mal às pessoas.
A manipulação emocional, a acusação fútil, a injúria, a maledicência, a inveja, humilhação, luta pelo poder, preconceito, discriminação, impaciência, preguiça e tantos atos que praticamos como se fossem normais, esquecemos dos ensinamentos de Jesus.
   Atualmente, percebemos que muitas pessoas sentem vergonha em falar sobre Jesus, mas se dizem cristãos, há aqueles que vão à igreja com frequência, mas apenas por uma questão social, pois não praticam o que foi ensinado por ELE.
Muitos estão cegos, igualmente como ficou o apóstolo Paulo, cujo nome original, era Saulo de Tarso, escritor do cristianismo primitivo, foi o maior perseguidor dos cristãos. Certa vez, quando Saulo fazia a sua perseguição, caiu do cavalo e ficou cego. (Discute-se muito se ele caiu do cavalo, mas o que nos interessa é que ele caiu, e teve uma visão de Jesus, envolto numa luz incandescente.)
Foi conivente com o assassinato do protomártir Estêvão, que morreu por apedrejamento.
Protomátir =Primeiro mártir de uma religião ou de um ideal político.
Jesus lhe perguntou: - Por que me persegues? Após o acontecido, Saulo se converteu ao cristianismo e passou a seguir com Jesus.
Também podemos cair, porém não devemos ficar de rosto colado ao chão, sem enxergar nada, às vezes não sabemos como agir, basta nos perguntar:- Jesus, qual seria o seu jeito?
No início do século XX, nos Estados Unidos, foi lançado um livro com o título:
"Em meu lugar o que Jesus faria?" Devemos aprender a ouvir, no silêncio da alma, a resposta que está em nossa consciência.
   Temos aulas de oratória para nos ensinar a falar melhor, a convencer e a persuadir, mas não aprendemos a ouvir, não nos ensinaram. Então como podemos ouvir Jesus?
   Quando aprendermos a ouvi-LO, saberemos ouvir o outro,( nosso próximo).Só nós  podemos fazer isso por nós mesmos, eu até posso pedir que rezem por mim, portanto somente cada um de nós, vai aprender "de" Jesus, porque sobre Jesus aprendemos nos livros, nos filmes, nas palestras, mas só aprendemos "de" Jesus, com ELE. Ninguém aprende, vive ou sofre em nosso lugar.
Vamos aprender a ouvir, a enxergar, para sabermos distinguir em qual exército devemos permanecer para lutarmos ativamente, exército do bem ou o exército do mal, e o conflito, com certeza não está entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância.

Podemos reafirmar junto a Platão: "A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento."   

13 de nov. de 2018

Complexo de Vira-Lata


       A expressão “complexo de vira-lata”, que define a falta de autoestima dos brasileiros foi criada por Nelson Rodrigues em 1950, quando o Brasil foi derrotado pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. Nelson Rodrigues foi um teatrólogo, jornalista, romancista, folhetinista e cronista de costumes e de futebol brasileiro, e tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Em relação a expressão, muitos usam a palavra complexo ou síndrome, mas há diferença entre elas, pois síndrome não é uma doença, mas uma condição médica, um conjunto de sinais e sintomas que define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças e pode ter vários fatores envolvidos. Complexo é um termo da psicologia para descrever um desvio ou um comportamento patológico.
Esta expressão é usada nos dias atuais, talvez por ela ser reforçada por nós, brasileiros, que desdenhamos o que temos em nosso país sem ao menos conhecer os problemas de outros países ou de seu povo, é uma expressão forte, que às vezes nos causa espanto, mas existe.
    Ouvimos "Este lugar não é bom" logo chegamos à conclusão, de que quem assim fala viveu ou vive em outros lugares, pois não é possível se fazer comparações sem possuir um parâmetro, e há anos que tentam reverter a tal expressão, vários estudiosos e intelectuais  pensaram em como resolver o danoso "complexo de vira-lata" dos brasileiros. Entretanto, apenas um chegou próximo, foi o historiador cearense Capistrano de Abreu, quando propôs a substituição de todos os artigos da Constituição Federal por apenas um: "todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara". Não vamos aqui, exagerar ou generalizar, pois nem todos agem desta forma.
    Frases como: “É só no Brasil” ou “Só podia ser no Brasil” apenas rebaixa o que temos como visão de mundo; não é só aqui que há dificuldades, e há muitas complicações para resolvermos certos problemas.
Nelson Rodrigues disse:
   Por “complexo de vira-latas” entendemos a inferioridade em que o brasileiro se coloca voluntariamente, em face do resto do mundo. Sendo assim estas atitudes nos tolhem as possibilidades de lutar e conseguir o que precisamos como brasileiros.  Chegará o dia em que poderemos ler notícias positivas sobre nosso país, aceitando que isso também acontece aqui e não apenas em outros países. Com a união de todos, com boa vontade, pois somos uma grande nação, acontecerá a mudança, que depende de nós. Interessante notar que na literatura também existe este complexo, pois a produção literária nacional muitas vezes é desprezada pelo simples fato de ser nacional, há muitos exemplos nas escolas pelos livros exigidos. Percebemos  em muitos  alunos, a falta de interesse, que  surge da inexistência de identificação do que foi proposto durante as aulas sobre clássicos nacionais, o mesmo acontece também, em filmes e séries; por não conseguirem situar o momento em que vivem, dentro de um contexto político e social, concluem e consequentemente generalizam: “Todos são ruins e nada disso faz sentido”. Com este pensamento em relação aos clássicos, já conhecidos pelo público, mensuremos então, a literatura contemporânea, pouco conhecida.  Assim notamos, que a expressão não se limitou ou limita apenas ao futebol, ela está sendo usada em várias áreas.
   Certo jornalista falou: Talvez a predominância da grande mídia, é ver um Brasil dependente em certas áreas, o que reflete uma situação confortável, ouseja mais que o complexo de vira-lata, é a pessoa se achar pequena, ou até mais que isso, é querer ser pequena.
    Temos todas as condições de retirar do nosso vocabulário essa expressão, a qual assusta a muitos, sabemos que aqui, em nosso país o povo trabalha e conscientemente deseja uma nação estável, dando-nos boas condições de vida, precisamos  entender que é um erro continuar usando essa expressão, que  teve sentido em 1950, além de entender isso, é preciso que reconheçamos  de uma vez por todas, que o real problema não é o Brasil, e sim, os brasileiros; porque a mudança depende de nós.
     Será que o “Complexo de Vira-Lata “já nos pertence?

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...