Nessas andanças pela vida, ouvimos, lemos e falamos sobre
muitas coisas... Após o lançamento de um livro, cujo título mexeu com minha cabeça, fiquei a pensar no que a
autora comentou. O livro aborda as condições do preso no sistema carcerário, e
vai além do que as lentes nos mostram, nas telinhas ou telonas. E o que mais me
chamou a atenção foi a abordagem feita sobre o lado humano, esquecido e trancafiado, daquela criatura.
Indifere aqui, o motivo do encarceramento, mas vamos pensar
a respeito de quando ele lá dentro está, na verdade, vamos mais além, nós que
gozamos ainda da liberdade, quanto valemos?
Qual o valor que temos em nosso trabalho, qual o valor que
temos com nossos amigos ou familiares?
Até quando somos úteis e interessantes ao próximo?
Trabalhamos para auxiliar no crescimento da nossa
cidade, do nosso país, e quando nos aposentamos somos esquecidos, e pela visão
do Estado, pouco valemos e muito pesamos no orçamento.
Segundo, Albert Einsten:
“A maior missão do Estado é, para mim, a de proteger o
indivíduo e lhe oferecer a oportunidade de manifestar a sua personalidade
criadora”.
No âmbito pessoal, quando riquezas temos quantos “amigos”
nos visitam, procuram-nos e querem estar perto usufruindo do que nosso dinheiro
traz, porém quando algo nos acontece e, de repente, perdemos tudo o que
tínhamos? Quantos amigos nos restam? Muitas vezes mal dá para encher uma mão.
Quando fraco estamos, e erros cometemos, às vezes erros
pequenos, bobagens, por assim dizer, somos açoitados e cada chicotada faz
esquecer as coisas boas que fizemos a outrem.
Penso que não apenas o preso sofre o descaso e desdém do
sistema, é uma cultura que atinge a todos os cidadãos de bem, e os que
deslizes cometeram e estão presos.
Muitas vezes me perguntei quanto valho, até onde posso
confiar e acreditar que estou cercada por pessoas que me querem bem? Não tenho
grandes posses materiais, mas nos dias atuais, infelizmente, o pouco que temos
já é invejado e desejado por pessoas de má fé.
A questão toda é pensar: para quem realmente somos valiosos,
e nós sabemos a resposta, em nosso íntimo todos sabemos, mas muitas vezes nos
deixamos iludir e acreditamos que todos os cinco mil amigos do facebook nos
amam de verdade. Acredito que devemos procurar saber o nosso valor perante Deus e a sociedade, pois ainda estamos em processo de transformação, de evolução.
Exemplo a ser citado, a imagem em bronze, de uma escultura da norte - americana
Bobbie Carlyl, a qual nos mostra um homem esculpindo-se, uma metáfora que revela que não estamos totalmente prontos, apenas parcialmente, e neste processo
de melhorarmos como pessoas, podemos avaliar o nosso valor a cada dia para a família, para a sociedade, para os nossos amigos e para o Estado.
A indagação, talvez mais importante :
-Eu ainda valho algo para mim?