31 de dez. de 2010

De repente, num instante fugaz, os fogos de artifício anunciam 2011.

Queridos amigos,como eu adoraria poder dar um abraço a cada um de vocês que me visitam e,que constantemente leem o que deixo postado aqui.Desejo que o Ano Novo seja abençoado.

"Se eu pudesse deixar algum presente para você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E,quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."
(Mahatma Gandhi)

30 de dez. de 2010

Caravaggio



A Alma do artista pode ser vista em suas obras: músicas, poemas, letras, livros, filmes e pinturas. Percorrendo as linhas e imagens dos livros, deparei-me com um artista que hoje recebe homenagens e merece ser reconhecido pelo seu talento ainda místico.
Em muitas de suas pinturas há um quê de ''mistério'', ''será'','' penso que sim''...
Como os quadros que trago a vocês. Para mim os mais espetaculares e que nos levam para o tempo exato em que Caravaggio pincelava suas telas, supostamente em uma sala com paredes pretas, tendo apenas uma réstia de luz que iluminava o rosto dos seus modelos.
Lembrando que tais modelos eram homens, mulheres, velhos e crianças que Caravaggio buscava nas ruas de sua terra natal.
Um dos quadros o gênio pintou usando um espelho posicionado em frente ao seu modelo, o outro os estudiosos não sabem afirmar se é um auto retrato do artista.
Esqueçamos os porquês e mergulhemos nessas obras maravilhosas!



28 de dez. de 2010

Versos Íntimos

Versos Íntimos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.



Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

22 de dez. de 2010

Nenhum ser nos foi concedido.


Nenhum ser nos foi concedido. Correnteza apenas
Somos, fluindo de forma em forma docilmente:
Movidos pela sede do ser atravessamos
O dia, a noite, a gruta e a catedral
Assim sem descanso as enchemos uma a uma
E nenhuma nos é o lar, a ventura, a tormenta,
Ora caminhamos sempre, ora somos sempre o visitante,
A nós não chama o campo, o arado, a nós não cresce o pão

Não sabemos o que de nós quer Deus
Que, barro em suas mãos, connosco brinca,
Barro mudo e moldável que não ri nem chora,
Barro amassado que nunca coze

Ser enfim como a pedra sólida! Durar uma vez!
Eternamente vivo é este o nosso anseio
Que medroso arrepio permanece apesar de eterno
E nunca será o repouso no caminho
Herman Hesse Alemanha
[1877-1962]
Escritor

21 de dez. de 2010

Ótimos conselhos para vivermos melhor.

'' Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante". (Charles Chaplin) 
"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, de afeição e doçura.
Sem essas virtudes, a vida será de violência
e tudo será perdido."

20 de dez. de 2010

Uma mensagem de natal ... Roupa Nova



Deixo aqui meu agradecimento por meus novos amigos conquistados aqui no Blog. Divido com todos meu desejo de amor, paz, alegrias, sorrisos, lágrimas de felicidade e gargalhadas como de uma criança abrindo um presente.
Que todos lembrem o motivo real do dia 25 de Dezembro e, com isso, orem a Deus pedindo paz, essa paz que tanto precisamos em nossos corações.
Muito obrigada meus amigos, que o nosso natal seja maravilhoso e os próximos também!

17 de dez. de 2010

Época de acender os palitos de fósforos guardados durante o ano...


A Pequena Vendedora de Fósforos
                           Hans Christian Andersen

Fazia um frio terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite descia: a última noite do ano.
Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas.
Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de nada adiantavam, eram chinelos tão grandes para seus pequenos pezinhos, eram os antigos chinelos de sua mãe.
A menininha os perdera quando escorregara na estrada, onde duas carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando.
Um dos chinelos não mais foi encontrado, e um menino se apoderara do outro e fugira correndo.
Depois disso, ela caminhou de pés nus - já vermelhos e roxos de frio.
Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um feixinho deles na mão.
Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não ganhara sequer um níquel.
Tremendo de frio e fome, lá ia quase de arrastos,a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!
Os flocos de neve lhe cobriam os longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não pensava nisso.
Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo.
Sim: nisso ela pensava!
Numa esquina formada por duas casas, uma das quais avançava mais que a outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés, mas sentia um frio ainda maior.
Não ousava voltar para casa sem vender sequer um fósforo e, portanto sem levar um único tostão.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos. Suas mãozinhas estavam duras de frio.
Ah! bem que um fósforo lhe faria bem, se ela pudesse tirar só um do embrulho, riscá-lo na parede e aquecer as mãos à sua luz!
Tirou um: trec! O fósforo lançou faíscas, acendeu-se.
Era uma cálida chama luminosa; parecia uma vela pequenina quando ela o abrigou na mão em concha...
Que luz maravilhosa!
Com aquela chama acesa a menininha imaginava que estava sentada diante de um grande fogão polido, com lustrosa base de cobre, assim como a coifa.
Como o fogo ardia! Como era confortável!
Mas a pequenina chama se apagou, o fogão desapareceu, e ficaram-lhe na mão apenas os restos do fósforo queimado.
Riscou um segundo fósforo.
Ele ardeu, e quando a sua luz caiu em cheio na parede ela se tornou transparente como um véu de gaze, ela pôde enxergar a sala do outro lado. Na mesa se estendia uma toalha branca como a neve e sobre ela havia um brilhante serviço de jantar. O ganso assado fumegava maravilhosamente, recheado de maçãs e ameixas pretas. Ainda mais maravilhoso era ver o ganso saltar da travessa e sair bamboleando em sua direção, com a faca e o garfo espetados no peito!
Então o fósforo se apagou, deixando à sua frente apenas a parede áspera, úmida e fria.
Acendeu outro fósforo, e se viu sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Era maior e mais enfeitada do que a árvore que tinha visto pela porta de vidro do rico negociante. Milhares de velas ardiam nos verdes ramos, e cartões coloridos, iguais aos que se veem nas papelarias, estavam voltados para ela. A menininha espichou a mão para os cartões, mas nisso o fósforo apagou-se. As luzes do Natal subiam mais altas. Ela as via como se fossem estrelas no céu: uma delas caiu, formando um longo rastilho de fogo.
"Alguém está morrendo", pensou a menininha, pois sua vovozinha, a única pessoa que amara e que agora estava morta, lhe dissera que quando uma estrela cala, uma alma subia para Deus.
Ela riscou outro fósforo na parede; ele se acendeu e, à sua luz, a avozinha da menina apareceu clara e luminosa, muito linda e terna.
- Vovó! - exclamou a criança.
- Oh! leva-me contigo!
Sei que desaparecerás quando o fósforo se apagar!
Dissipar-te-ás, como as cálidas chamas do fogo, a comida fumegante e a grande e maravilhosa árvore de Natal!
E rapidamente acendeu todo o feixe de fósforos, pois queria reter diante da vista sua querida vovó. E os fósforos brilhavam com tanto fulgor que iluminavam mais que a luz do dia. Sua avó nunca lhe parecera grande e tão bela. Tomou a nos braços, e ambas voaram em luminosidade e alegria acima da terra, subindo cada vez mais alto para onde não havia frio nem fome nem preocupações - subindo para Deus.
Mas na esquina das duas casas, encostada à parede, ficou sentada a pobre menininha de rosadas faces e boca sorridente, que a morte enregelara na derradeira noite do ano velho.
O sol do novo ano se levantou sobre um pequeno cadáver.
A criança lá ficou, paralisada, um feixe inteiro de fósforos queimados. - Queria aquecer-se - diziam os passantes.
Porém, ninguém imaginava como era belo o que estavam vendo, nem a glória para onde ela se fora com a avó e a felicidade que sentia no dia do Ano­Novo.

14 de dez. de 2010

A Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.


"Enquanto um povo é constrangido a obedecer e obedece, faz bem; tão logo ele possa sacudir o jugo e o sacode, faz ainda melhor;
porque, recobrando a liberdade graças ao mesmo direito com o qual lha arrebataram, ou este lhe serve de base para retomá-la ou não se prestava em absoluto para subtraí-la."

12 de dez. de 2010

Madre Tereza de Calcutá

Madre Tereza de Calcutá,também chamada Beata Tereza de Calcutá,cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu.Foi uma missionária católica albanesa,nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana,beatificada pela Igreja Católica em 2003.Considerada,por alguns,a missionária do século XX,fundou a congregação"Missionárias da Caridade",tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das Sarjetas".Faleceu aos 87 anos em Calcutá,India.




O Poema da Paz




0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se



A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças



A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor



A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar



A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo



A maior satisfação? 0 dever cumprido
                                                A força mais potente do mundo? A fé
                                              As pessoas mais necessárias? Os pais
                                            A coisa mais bela de todas? 0 amor

11 de dez. de 2010

Bye bye Mariah Carey



Peço licença aos meus amigos e amigas mais uma vez.
Dedico esse vídeo à minha mãe.
Amor esse que se foi cedo demais, mas não podemos indagar o porquê de Deus.
Apenas sentir...
E eu sinto muitas saudades, mãe.
Queria pegar em sua mão agora, como quando criança, e sair por aí olhando as lojas, procurando uma roupa bonita que você gostasse.
Queria poder beijar seu rosto ainda que mais uma vez, olhar em seus olhos, e dizer o quanto a amo.
Olhar de canto no espelho do seu quarto e a ver dormir ainda com os óculos.
Esperar o telefone tocar e ouvir sua voz me chamando para jantar com você.
Esta música se encaixa em minha vida, como creio que se encaixa na vida de muitos que seguem meu blog.
Como quando seu neto se casou, e você não pode estar presente para vê-lo...
Ou quando sua neta conseguiu tirar a carteira...
Ou até mesmo o primeiro sorriso da sua bisneta ao ver o bisavô.
Eu já ouvi muito a frase '' ela está em um lugar melhor'', mas meu egoísmo me faz crer que seu lugar era ao meu lado e da nossa família.
Mas como já disse: Deus tem seus motivos.
Catarina Mateus Andrucho, grande mulher, grande mãe, grande avó, grande esposa.
Meu orgulho, meu exemplo, meu eterno amor.

9 de dez. de 2010

Final de mais um pouco de nossas Vidas

No Exaurir de um Domingo

Cada final de ano,final de época,final de semana,final de domingo...
Ficamos em um clima de retrospectiva que nos faz chegar ao momento da introspecção e,nos leva à tristeza, nos mostra também que mais um dia chega ao final e, que sendo assim,mais um pouco de nós também.Precisamos,por isto, buscar a conexão com o Cosmos e,então estaremos aprendendo a finalizar um tempo com mais esperança em um recomeço,ou simplesmente um caminhar consciente de que nem tudo termina, mas se renova,nós escolhemos como queremos finalizar ou renovar tudo em nossa vida.Sendo assim,podemos,com certeza deixá-la mais divertida e interessante.




No Exaurir de um Domingo
 

 Chovem lágrimas do domingo cansado,
Apagam-se as luzes.
O escuro toma conta como protesto
Silencia-se o mundo mecânico. Vozes familiares.
 
Pensar numa forma de apaziguar as ansiedades.
Ecos da memória, cérebro inquieto, galope cardíaco.
A noite chega sorrateiramente envolvendo o presente,
Fantasmas de si, lembranças vivas, sentidos atentos.
 
Ruídos musicais expandem em cores noturnas.
Notas de silêncios, sílabas de velhas falas.
Perguntas e respostas sem sentido assolam.
Para cada certeza, muitas dúvidas, verdades fingidas.
 
Ilusões da noite, do tempo, do domingo moribundo.
Pessoas distantes interagem versos melódicos, epitáfio do dia.
Fragmentos de presente serão futuro passado, hoje será ontem.
Versos soltos, profecias da divagação do sagrado ócio.

27 de nov. de 2010

Brigas - Simone e Julio Iglesias




Encontrei este vídeo e quero partilhá-lo com vocês, meus queridos e minhas queridas.
Ao ouví-lo penso o quanto nessa vida somos mesquinhos, egoístas e pegajozos com aqueles que nos amam e partilham da vida ao nosso lado.
Brigas fúteis que por vezes abafam sentimento tão forte e puro.
É o ''velho exemplo'': faça um milhão de coisas boas, mas faça uma ruim, a última prevalecerá.
Quantas vezes você brigou com a pessoa que ama por pura mesquinharia?
Deixou de lado todos os valores dele ou dela por um momento de imaturidade sua.
E fico aqui,pensando como mesquinharias podem matar o Amor? Justo o sentimento mais sólido, lindo e pleno?
''Sem amor, estamos sós, morremos nós''.
Quantas músicas falam sobre o amor esquecido, amor perdido, estou casando com outro mas é você quem eu amo, e etc...
Está bem, tudo dito ''assim'' soa cafona, coisas que se dizem nos bares da vida regado à cachaça e aperitivos.
Errado, o coração não faz distinção.
Todos estamos sujeitos a esculpir corações em árvores com as iniciais do outro.
Todos estamos sujeitos a derramar lágrimas por outrém...
Todos estamos sujeitos a pedir para a pessoa voltar.
E por mais que saibamos que o amor dignifica e melhor tudo a nossa volta, por vezes deixamos nosso ego mandar e ficamos cegos perante a tão forte sentimento.
Essa música diz exatamente o que fazemos: maltratamos o amor, deixamos nosso ouvidos ouvirem bobagens alheias, sem antes olhar nos olhos do Amor e ver o quão errado estamos.
É mais fácil fugirmos do que enfrentarmos.
Espero que esta música desperte em você extamente o que você está precisando entender. Desperte para o Amor, para os erros antigos e peça perdão, se caso for.
Não perca seu Amor por vícios obscuros que a sociedade faz questão de apontar por pura vaidade.
''Cuide bem do seu amor, seja quem for.''

Ensaio Sobre a Cegueira

''A obra Ensaio sobre a Cegueira é
uma crítica aos valores sociais.Mostra-nos o quanto são frágeis,pois se ninguém os vê,nada aparece.Tudo é atribuído ao homem.
A obra deixa visível a nós desde as aventuras sexuais,o pudor,que já não existe porque não é visto.Nem a imundície que se instala em toda s cidade é notada.Precisamos e devemos querer ver, enxergar realmente,pois há uma cegueira nacional,onde a sociedade é formada por teorias morais falidas.''


Publicado inicialmente em 1995, a obra mostra o caos que se chega quando um dos sentidos falta a uma grande parcela da população. Evidencia uma epidemia de cegueira que atinge toda a população.
Intitulada Ensaio, a obra de Saramago critica os valores sociais, mostrando-os frágeis, pois onde ninguém vê, teoricamente nada aparece, elucidando que os valores, sejam morais ou materiais, são atribuições que homem faz. Neste contexto, a obra mostra desde aventuras sexuais, o pudor, que já não existe porque não é visto, até à imundície que se instala por toda a cidade.
Resumo

O Ensaio sobre a cegueira  é uma crítica aos valores sociais, expondo o caos a que se chega quando a maioria da população cega. Revela traços da sociedade portuguesa contemporânea, vislumbrando a maneira como as pessoas vivem através de suas descrições das casas, dos utensílios, das roupas. As personagens não têm nomes, sendo descritas por características próprias – o primeiro cego, o médico, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos, entre tantos outros que aparecem no desenrolar da narrativa, onde uma epidemia se alastra a partir de um homem que cega esperando o semáforo abrir.
Inexplicável é a imunidade da mulher do médico, parecendo que sua bondade, sua preocupação com o marido, mesmo convivendo entre os cegos sem medo de cegar, a impede de contrair a moléstia. Mas a solidariedade da mulher do médico estende-se, ainda, àqueles de convívio mais estrito, sendo verdadeiro anjo de guarda dos que dividem com ela a enfermaria do hospício abandonado em que são confinados os primeiros a contrair o mal.
De característica onisciente, a narrativa leva-nos a refletir sobre a moral, os costumes, a ética e o preconceito, pois faz com que a mulher do médico se depare com situações inadmissíveis às pessoas em condições normais. Exposta à sujeira, a uma existência miserável em todos os sentidos, ela mata para preservar a si e aos demais, e se depara com a morte de maneira bizarra após a saída do hospício: os cadáveres se espalham pelas ruas, o fogo fátuo aparece debaixo das portas do armazém onde, dias antes, ela buscou víveres.
A igreja com os santos de olhos vendados pode ser caracterizada como um dos momentos poéticos da obra: se os céus não vêem, que ninguém veja, numa alusão velada às idéias do filósofo Friderich Nietzshe, "Deus está morto, então tudo posso".
Saramago ainda brinca com a imaginação do leitor nas últimas linhas, deixando implícita a cegueira daquela que foi a única que viu em meio à treva branca, justamente no momento em que todos recuperam, aos poucos, a visão.
Estilo
 Pode-se afirmar que a obra é difícil de ser lida não apenas pelo seu contexto filosófico, mas pelo estilo de José Saramago: as falas entre vírgulas forçam o leitor a um verdadeiro mergulho em suas idéias, pois é impossível parar em meio às idéias do autor. A desconstrução do tempo linear em suas idas e vindas nas memórias das personagens, as características únicas, a mesquinhez presente evocam a reflexão sobre os valores que cada um de nós tem da vida, da moral, dos costumes e até mesmo do que nos é caro: onde está a mãe do menino estrábico? Cegou, morreu? A rapariga de óculos que, em princípio, parece não ter valores, mostra-se filha amorosa, amiga e uma mulher capaz de amar, não pela beleza física, mas pela ternura que as situações a levam.
Personagens
 Como exposto anteriormente, as personagens não caracterizadas por seus nomes, mas por particularidades. Podemos destacar como personagens principais os ocupantes da camarata onde estavam o médico, o primeiro cego, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos e o velho com a venda num dos olhos.
 Como personagens secundários ou coadjuvantes, os cegos que promovem o levante para a redistribuição da comida, aqueles que encontram-se na camarata do cego que tem uma arma, o cego que escreve em braile, a mulher que estava com o cego que tem a arma no momento em que este é assassinado pela mulher do médico, o ladrão, os soldados, entre tantos outros.









Análise Da Obra Ensaio Sobre A Cegueira, De José Saramago publicado 13/06/2008 por Elita de Medeiros em http://www.webartigos.com/

24 de nov. de 2010

Em algum lugar do passado



... quando a vida nos surpreende, quando os olhos queimam ao olhar os olhos de outrém, quando as pontas dos dedos ardem ao tocar a pele quente da pessoa amada...
Há muito o que se sentir quando assistimos a esse filme, há muito o que recordar quando assistimos a esse filme... não entrarei em detalhes como enquadramentos, luzes ou interpretações. Falarei aqui do amor que ultrapassou o impossível, que para ele é possível.
O amor é divino, é feito por Deus e para Deus tudo é possível.
Quantas pessoas não queríamos encontrar novamente e dar o último adeus, o último olhar, o último sorriso? Poder voltar o tempo e transportar a pessoa da foto para o nosso tempo presente, algo metafísico, algo inexplicável, algo que só nossa alma entende...
Quantas vezes deixamos para depois? E como dói querer voltar e dizer o que deixamos para depois...
Não há tempo ou barreiras para o amor...
Eu não posso voltar o meu relógio, mas posso lembrar das pessoas que deixei e que amei através dos meus pensamentos, das minhas fotografias, das minhas lágrimas que escorrem pela minha face que outrora fora acariciada por tais pessoas...
O amor é único, paciente e compensador.
Este filme explica o amor da forma mais linda e simples que há, o que estou tentando fazer desde o começo deste post.
Amem, Amem a seus filhos, seus pais, seus avós, seus tios, seus primos, seus sobrinhos, seus netos, seus homens, suas mulheres, seus amigos!
E quando preciso for, fechem os olhos e voltem exatamente ao lugar do passado que suas almas anseiam.

Vincent Van Gogh

Não preciso aqui escrever outra dentre tantas biografias já existentes sobre Vincent Van Gogh, apenas postarei algumas de suas obras.
Um dos maiores pintores do mundo, particularmente o melhor, sua arte impressionista adentra nossos olhos quebrando paradigmas e pré-conceitos.
Para alguns depressivo, para outros louco.
Chegou a cortar a orelha em um ato desesperado e mandou pelo correio em envelope lacrado à remetente certo.
Pincelou em várias telas sua ira, tristeza, amor, paixão e indiferença.
No fundo nunca foi entendido.
Já diziam: para apreciar uma arte, é preciso afastar-se dela.
Após um passo para trás, deleite-se com Vincent Van Gogh.
Que em vida, por indiferença ou ignorância, jamais foi elevado ao grande mestre impressionista que era.
Post mortem seus quadros chegam a valer milhões de dólares.
Mas o que fascina, é a história por detrás de cada tela.
Divido esse momento único com vocês, meus amigos.

21 de nov. de 2010

Balada para un Loco



Trata-se de um clássico do Tango Argentino, composto por Astor Piazzolla, interpretação de Amelita Balar.
Diretamente para a sua alma: vivam os loucos que inventaram o amor e que nossos corações sirvam como manicômios!

20 de nov. de 2010

Selo: Partidas e Chegadas: O que faz você feliz?




Este valioso presente recebi de uma grande pessoa, a Elenir, além de ser uma amiga especial, é minha prima irmã, como diziam antigamente rssssssss, mas é verdade, a Niza como a chamamos carinhosamente é uma pessoa que sempre me estendeu a mão, sempre ligadíssima às minhas necessidades da vida, é meu presente de Natal....
Ah! vocês precisam visitar o blog da Niza,ops! Elenir, pois está encantador http://www.viajenajanela.blogspot.com/


Nomearei alguns amigos para que também recebam o maravilhoso selo, seu blog ficará mais atraente, pois já o é, mas ficará melhor ainda:

Gosto muitíssimo de escrever, no entanto estou há alguns minutos sem saber o que registrar aqui. Gente! que difícil falar sobre mim e mais ainda...esta tal felicidade.
Mas vamos lá... Mãos à obra.
Na minha vida houve vários caminhos e muitas encruzilhadas, caminhos tortuosos e encruzilhadas difíceis de escolher, porque sempre tornaram-se obstáculos à minha chegada. No entanto, sempre cheguei por mais distante que fosse o trajeto, e o bom é que sempre ao chegar encontrei minha família, meus amigos, meu lar, minha felicidade.
Devemos saber que sempre há duas vias para o caminho, ser feliz ao partir na expectativa da chegada e ser feliz na chegada também com uma ótima perspectiva.
É importante conhecer os objetivos da chegada para poder um dia partir, e que esta partida seja plena em todos os sentidos.
Não basta apenas, chegar ou partir. Nesta lacuna entre chegadas e partidas, precisamos aprender a alçar vôo, também a pousar com tranquilidade para podermos usufruir da felicidade, que levamos conosco nesta incansável  jornada de partidas e chegadas.
No entanto, na hora da partida sempre levo a saudade dos momentos em que fui feliz.


"...pois só sente saudade, quem já foi feliz".


Sintam-se abraçados com carinho!



19 de nov. de 2010

NACO DE PROSA RECEBE PRÊMIO DARDOS


Prêmio Dardos
Recebi da amiga Elenir do Viaje na Janela  Aproveitem e bebam na fonte.
 Elenir, agradeço com todo carinho a indicação do Viaje na Janela.Fiquei surpresa com o recebimento deste maravilhoso prêmio,minha alma está exultante.

«O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras.
“Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.

Ao receber o prêmio o blog deve também indicar outros blogs.
Aos indicados, para que este incentivo não acabe, peço a vocês que sigam estas instruções:
1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog;
2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;
4) Avisar os escolhidos, claro!”

Segue abaixo as páginas que indico para receberem este selo, pelo valor e beleza de seus trabalhos e,  principalmente por compartilharem seus universos emocionais e poéticos neste espaço virtual.
Quem já recebeu sinta-se duplamente homenageado.
Meu carinho a todos e mais uma vez obrigada, Elenir.




Espero que curtam este mimo!!!

17 de nov. de 2010

Preciso aprender a viver a vida....

VIVER A VIDA


A vida é muito preciosa, e precisamos aproveitá-la hoje, a cada momento. Porque depois pode ser tarde...


"Se eu pudesse novamente viver a vida...
Na próxima...trataria de cometer mais erros...
Não tentaria ser tão perfeito...
Relaxaria mais...
Teria menos pressa e menos medo.
Daria mais valor secundário às coisas secundárias.
Na verdade bem menos coisas levaria a sério.
Seria muito mais alegre do que fui.
Só na alegria existe vida.
Seria mais espontâneo...correria mais riscos, viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres...
Subiria mais montanhas...
Nadaria mais rios...
Seria mais ousado...pois a ousadia move o mundo.
Iria a mais lugares onde nunca fui.
Tomaria mais sorvete e menos sopa...
Teria menos problemas reais...e nenhum imaginário.
Eu fui dessas pessoas que vivem preocupadamente
Cada minuto de sua vida.
Claro que tive momentos de alegria...
Mas se eu pudesse voltar a viver, tentaria viver somente bons momentos.
Nunca perca o agora.
Mesmo porque nada nos garante que estaremos vivos amanhã de manhã.
Eu era destes que não ia a lugar algum sem um termômetro...
Uma bolsa de água quente, um guarda chuvas ou um paraquedas...
Se eu voltasse a viver...viajaria mais leve.
Não levaria comigo nada que fosse apenas um fardo.
Se eu voltasse a viver
Começaria a andar descalço no início da primavera e...
continuaria até o final do outono.
Jamais experimentaria os sentimentos de culpa ou de ódio.
Teria amado mais a liberdade e teria mais amores do que tive.
Viveria cada dia como se fosse um prêmio
E como se fosse o último.
Daria mais voltas em minha rua, contemplaria mais amanheceres e
Brincaria mais do que brinquei.
Teria descoberto mais cedo que só o prazer nos livra da loucura.
Tentaria uma coisa mais nova a cada dia.
Se tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas como sabem...
Tenho 88 anos e sei que...estou morrendo."
Jorge Luiz Borges

Selo: Reconheço seu Talento


Este maravilhoso Selo recebi de uma pessoa que está sendo reveladora para mim,maravilhosa amiga, Mariane do "As cores que sou "http://tintadotinteiro.blogspot.com/ passem lá,é uma ótima oportunidade de renovar as ideias e refletir sobre nós.Mariane, fico-lhe muitíssimo grata por este presente valioso.
Fiquei vaidosa.
                                                                                                                               



     

PUDIM- sem medo de ser feliz-

Tenho, particularmente, muito apreço pelos textos de Marta Medeiros. Este,acabo de receber,e não tem como não dividir com vocês!!!Recebi de minha amiga Maria de Lourdes Carbone,que hoje,mora em Blumenau.
Quem sabe um dia eu consiga perder o juízo..não todo...só um pouquinho...devo lembrar que Jorge Luiz Borges também tem um texto belíssimo que fala sobre......"se pudesse voltar no tempo...tomaria banhos de chuva...andaria descalço...tomaria menos aspirina......"" e assim vai.
Beijos grannndesssss...








PUDIM


<><>
                                                Por Marta Medeiros


Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúscula do meu pudim preferido.
Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou
e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

16 de nov. de 2010

O nosso querido Poetinha,como era chamado pelos amigos

i  

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



15 de nov. de 2010

Augusto dos Anjos

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

13 de nov. de 2010

Golpe no estômago...

Nesta semana fomos surpreendidos com a notícia da ''quebra'' do Banco Panamericano, o banco de Silvio Santos.
Entre uma notícia e outra publicada, deparo-me com absurdos de um povo pobre em conteúdo, que a primeira coisa a fazer é criticar, depois ler o que realmente está por trás dos fatos.
Pois bem, não sou fã da programação do SBT, na verdade, acompanhei algumas vezes pela minha filha e pelos meus pais.
Entre tantas asneiras que li e vi, estão a charge de Maisa como presidente do Banco, e um frustrado telespectador da Rede Globo acusando Silvio Santos de não saber lidar com talentos mirins, afirmando que o mesmo ''destruiu'' a ótima atriz que ela poderia ser.
Em um país onde dinheiro é escondido em cuecas, é lamentável que o próprio povo se una em palavras cuspidas de gargantas infladas,dizendo isso ou aquilo de um dos maiores empresários e empregadores desse País.
É repugnante você ouvir ladainhas em bares,e misturados a goles de pinga barata, a respeito de um dos homens que mais corretamente leva o exercício de cidadania adiante: pagando seus impostos e, assim como a Rede Globo, dando o espaço da sua TV por uma causa nobre a AACD.
O que o Silvio tem para ganhar com isso?
Cada segundo da TV hoje vale milhões e todos sabemos disso, a arrecadação desse ano com a AACD não chega perto do que ele deixou de lucrar pelos dois dias que ficou no ar.
Um homem com 81 anos, que fez o que fez, não merece ser tratado como um moleque por quem não chegaria nem perto do que ele construiu.
Desculpem meus amigos, o desabafo mas, ando cansada da hipocrisia alheia.
É cômodo atirar a primeira pedra, mas difícil é tirá-la do caminho para que o outro possa passar sem dificuldades.
Basta de reclamar, apontar o dedo, rir da desgraça alheia.
Basta de hipocrisia, basta de falsos idealistas e falsos civis.
Silvio Santos como tantos empresários está passando por dificuldades, como passou em outros tantos momentos. Causados por pessoas sem caráter, que hoje lhe apontam o dedo,porém sem lembrar que há três apontados contra si mesmos.
Que Deus os perdôe pelo egoísmo e ajude a salvar os milhões de empregos que estão em jogo.
Sem mais.

Mariane Boldori

A carta que nunca chegou

    Tarde cinza, vento forte fazia os galhos das árvores dançarem no jardim. Eu precisava finalizar a mudança que começara há dois anos,...