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Às vezes, nem sempre damos o devido valor à finalidade e importância da vida social. A vida em sociedade é uma lei da natureza, porém vem a pergunta: - E a solidão, será que ela pode ser uma boa companhia para nós? Contrariando o pensamento de Rosseau “Não há felicidade solitária".
Talvez possamos explicar que a solidão é boa para nós quando ela é constituída, por um curto período. A ‘nossa solidão’ nos faz bem, mostra o quanto somos ótimas companhias para nós mesmos, ajuda-nos a recarregar as energias, respirar melhor, reconhecer percepções que acabam esquecidas em nós. É quase um tempo de meditação, porém impossível quando há muita gente por perto. Não nos desconectamos do universo por estarmos solitários, e penso ser muito importante, pois assim temos a condição de reconhecer nossa força, nossa habilidade em conectarmos com tudo que nos rodeia.
Há muitas obras que tratam especificamente da solidão. Temos até alguns filmes que retratam bem este sentimento. Exemplos: "Até o fim", de J. C. Condor. Nele, Robert Redford, vive um velejador que sofre um naufrágio. Ele passa uma longa hora apenas com o silêncio.
"O velho e o mar", drama vivido por Spencer Tracy. Temos também o romance de Robinson Crusoé, depois de um naufrágio, em que foi obrigado a sobreviver em uma ilha por quase 30 anos.
“Mary e Max - Uma Amizade Diferente”
Uma menina solitária de oito anos, que vive na Austrália. Max vive em Nova York. Obeso e também solitário. Mesmo com tamanha distância e a diferença de idade existente entre eles, desenvolvem uma forte amizade.
A solidão faz bem, na medida certa. É importante termos um tempo só nosso, quando é possível entrarmos em contato com nosso eu interior e nos descobrirmos. No entanto, quando a solidão nos é imposta, como o momento em que vivemos, quando a solidão nos coloca defronte com o medo, insegurança, a saúde mental pode ficar abalada. Podemos perceber, neste triste momento, que há grande relação entre saúde mental e conexão social. O isolamento social, na maioria das vezes deixa muitas pessoas solitárias por longos períodos, sem poder receber e abraçar as pessoas amadas. É bom termos pessoas,que gostamos perto de nós. Por isso, observamos dois tipos de solidão, esta que se impõe a nós devido à pandemia e nos faz mal, diferentemente daquela que se torna a nossa melhor companhia. Será que ainda somos a nossa melhor companhia? Todavia cada pessoa sente um efeito diferente da solidão, pois enquanto uns apreciam sua própria companhia e aproveitam esse tempo para se redescobrir, outros sentem-se intensamente angustiados com a falta de vivência coletiva.
O que cada pessoa sente quando está só, é de extrema importância para que ela se conheça e proceda de maneira correta, no momento propício. Cada pessoa deve achar uma solução para viver melhor, e não ser afetada em sua saúde mental. No entanto, percebe-se que muitas delas se anulam perante as tribulações, que ora se apresentam.
A internet é uma grande aliada para auxiliá-las a interagir com outras pessoas, principalmente, no momento de isolamento social. Necessitamos de reforços emocionais, hoje, com mais intensidade, porque precisamos de contato social remoto com mais urgência, para que haja sintonia e solidariedade entre todos os indivíduos, estímulos eficazes, e com reação positiva perante as adversidades que se apresentam. Todavia, o uso da tecnologia digital é muitas vezes um grande desafio para os idosos, pois estão muito mais perturbados com os acontecimentos e sentimentos de solidão o que os leva à desconexão com o universo ao seu redor. Porém, o isolamento social é com certeza, mais desfavorável nesta época de pandemia porque ao elevar o nível de estresse ele danifica o sistema imunológico levando com isso, prejuízos a órgãos vitais.
Nos dias atuais é indiscutível a manutenção de pertencimento a uma comunidade para que haja condições para enfrentar e vencer a Covid-19. Apesar da distância física, muitas pontes podem ser erguidas com a ajuda da comunicação, o que nos auxilia a cuidar dos mais vulneráveis nesse momento, é um ato de amor imensurável para que o isolamento social não se transforme em uma triste solidão.
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