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O medo de pensar
na velhice é o medo da nossa finitude é um fardo enorme para suportarmos. Envelhecer
e morrer está entre os temas que mais nos assustam. Desviamos esses
pensamentos, e nos distraímos com as alegrias e os desafios diários ou buscamos
consolo nas igrejas. No entanto, ao fazer isso, nos privamos do nosso elixir da
vida: quando encaramos a existência da morte e a certeza de que não somos
eternos, valorizamos mais os dias e conseguimos aproveitar a vida em sua plenitude,
vivendo realmente o presente.
Viver é
envelhecer, nada mais. Assim pensava Simone de Beavoir.
Viver apenas? Não, é preciso viver alimentando paixões pelo que nos faz bem, pelo que nos
faz sorrir, gargalhar, cantar, dançar, amar a vida em sua plenitude. “Manter o
olhar curioso e ter a liberdade de sermos nós mesmos – hoje e sempre – apesar
das dores, desilusões ou dificuldades do caminho”.
A velhice
nunca foi tão estudada, e o envelhecimento é vivido de maneira diferente entre
homens e mulheres sem radicalizar. A maioria das pessoas tem medo da morte,
medo da dor, e algumas não se sentem com coragem para enfrentar, as dores, as
rugas, os hospitais, a tristeza. Assim como um dos maiores galãs do cinema
internacional, Alain Delon. Dono de uma situação privilegiada. Teve um (AVC) em
2019. Recuperou-se bem, mas já decidiu que não quer mais viver, simples assim,
não quer mais viver, não quer sentir dor, porque envelhecer é muito difícil
para ele. Mora na Suíça onde a eutanásia é permitida. Ele disse que quer partir
sem dor, sem qualquer sofrimento, simplesmente desligar-se da vida. Disse que
já viveu muito e tem idade para deixar de viver. Escolheu pelo mais fácil. Será
que a idade é um pré-requisito para morrer?
Às vezes, comentamos
sobre o falecimento de uma pessoa. E a resposta é:
- Ah, mas
ele já tinha idade para isso, viveu muito.
Cora Coralina, que teve seu primeiro livro
publicado com quase 76 anos – ela morreu com 96 –, e de uma frase que li e cuja
autoria é remetida a ela: “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a
caminhada.”
Há muitos
estudos sobre esses assuntos. “Existe um conceito para o temor extremo da
morte: tanatofobia e gerontofobia
é o nome da síndrome que define aversão ou medo patológico de pessoas idosas ou
do processo de envelhecimento.”
Vivemos
grande parte da nossa vida nos protegendo da ansiedade da morte o que nos rouba
muito tempo, quando poderíamos viver com mais alegria.
Muitas pessoas
procuram desesperadamente uma carreira de sucesso, que lhes proporcione fama
duradoura; acumulam cada vez mais coisas para terem a sensação de permanência; o
desejo de ter filhos como uma forma de deixar um legado; passam boa parte do
tempo se ocupando com várias coisas. Tudo isso, de alguma forma, são
estratégias para não lidar com a realidade de que um dia, mais cedo ou mais
tarde, deixarão de existir. E o medo de envelhecer?
- Por que o
ser humano tem medo de envelhecer?
A nossa sociedade enxerga que a velhice está
diretamente associada a doenças, perda de mobilidade, rugas na pele, e por
isso, as pessoas têm receio de envelhecer. A grande valorização da juventude
contribui para o preconceito contra a velhice, e a sociedade é a maior
cobradora.
Os produtos
de beleza estão cada dia mais diferenciados, prometendo grandes milagres, o
desejo de um corpo sempre bonito, valores estéticos cobrados mais que os
valores morais, assim desenvolve e dissemina mensagens em que a beleza externa
nada mais é, do que um reflexo direto da existência de uma beleza interna
correspondente, o que é negativo.
“Você pode viver até os cem anos se você
desistir de todas as coisas que fazem você querer viver até os cem.” Woody Allen
Devemos
trabalhar no sentido de estar de bem com a vida, com a nossa idade. Fazer
coisas novas, conhecer novos lugares, novas pessoas, pois o novo nos
rejuvenesce. “Não se deve viver temendo a morte, nem amar a vida de tal forma
que seja uma tragédia sair dela”.
Todos sem
dúvida querem prolongar a juventude, por isso, negam a morte, nossa cultura faz
isso.
Podemos
voltar e rever porque as mulheres pensam de maneira diferente. Mostram uma velhice cheia de amor próprio.
Estudos confirmam que as mulheres têm mais cuidados com a saúde, procuram estar
sempre de bem com a vida, mais saudável, mais exercícios, os homens relutam
mais quando o assunto é cuidar de si. Os grupos sociais auxiliam muito a vida
das pessoas. É extremamente importante termos sempre por perto um amigo, uma
amiga a quem recorrer. Há homens e
mulheres, portanto não vamos generalizar.
Estamos
vivendo mais. Segundo Karpf: “Esses homens e mulheres passam a ser vistos como
um fardo. E, pior, as pessoas não se enxergam como idosos, parece um futuro que
não pertence a elas”. Como vamos lidar bem com o próprio envelhecimento se
olhamos para isso com medo e sem admiração por quem já chegou a essa fase da
vida? “O envelhecer é um processo que começa no nascimento, nunca cessa e
sempre tem o potencial de enriquecer nossa vida”.
O medo de pensar
na velhice é o medo da nossa finitude é um fardo enorme para suportarmos. Envelhecer
e morrer está entre os temas que mais nos assustam. Desviamos esses
pensamentos, e nos distraímos com as alegrias e os desafios diários ou buscamos
consolo nas igrejas. No entanto, ao fazer isso, nos privamos do nosso elixir da
vida: quando encaramos a existência da morte e a certeza de que não somos
eternos, valorizamos mais os dias e conseguimos aproveitar a vida em sua plenitude,
vivendo realmente o presente.
Viver é
envelhecer, nada mais. Assim pensava Simone de Beavoir.
Viver apenas? Não, é preciso viver alimentando paixões pelo que nos faz bem, pelo que nos
faz sorrir, gargalhar, cantar, dançar, amar a vida em sua plenitude. “Manter o
olhar curioso e ter a liberdade de sermos nós mesmos – hoje e sempre – apesar
das dores, desilusões ou dificuldades do caminho”.
A velhice
nunca foi tão estudada, e o envelhecimento é vivido de maneira diferente entre
homens e mulheres sem radicalizar. A maioria das pessoas tem medo da morte,
medo da dor, e algumas não se sentem com coragem para enfrentar, as dores, as
rugas, os hospitais, a tristeza. Assim como um dos maiores galãs do cinema
internacional, Alain Delon. Dono de uma situação privilegiada. Teve um (AVC) em
2019. Recuperou-se bem, mas já decidiu que não quer mais viver, simples assim,
não quer mais viver, não quer sentir dor, porque envelhecer é muito difícil
para ele. Mora na Suíça onde a eutanásia é permitida. Ele disse que quer partir
sem dor, sem qualquer sofrimento, simplesmente desligar-se da vida. Disse que
já viveu muito e tem idade para deixar de viver. Escolheu pelo mais fácil. Será
que a idade é um pré-requisito para morrer?
Às vezes, comentamos
sobre o falecimento de uma pessoa. E a resposta é:
- Ah, mas
ele já tinha idade para isso, viveu muito.
Cora Coralina, que teve seu primeiro livro
publicado com quase 76 anos – ela morreu com 96 –, e de uma frase que li e cuja
autoria é remetida a ela: “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a
caminhada.”
Há muitos
estudos sobre esses assuntos. “Existe um conceito para o temor extremo da
morte: tanatofobia e gerontofobia
é o nome da síndrome que define aversão ou medo patológico de pessoas idosas ou
do processo de envelhecimento.”
Vivemos
grande parte da nossa vida nos protegendo da ansiedade da morte o que nos rouba
muito tempo, quando poderíamos viver com mais alegria.
Muitas pessoas
procuram desesperadamente uma carreira de sucesso, que lhes proporcione fama
duradoura; acumulam cada vez mais coisas para terem a sensação de permanência; o
desejo de ter filhos como uma forma de deixar um legado; passam boa parte do
tempo se ocupando com várias coisas. Tudo isso, de alguma forma, são
estratégias para não lidar com a realidade de que um dia, mais cedo ou mais
tarde, deixarão de existir. E o medo de envelhecer?
- Por que o
ser humano tem medo de envelhecer?
A nossa sociedade enxerga que a velhice está
diretamente associada a doenças, perda de mobilidade, rugas na pele, e por
isso, as pessoas têm receio de envelhecer. A grande valorização da juventude
contribui para o preconceito contra a velhice, e a sociedade é a maior
cobradora.
Os produtos
de beleza estão cada dia mais diferenciados, prometendo grandes milagres, o
desejo de um corpo sempre bonito, valores estéticos cobrados mais que os
valores morais, assim desenvolve e dissemina mensagens em que a beleza externa
nada mais é, do que um reflexo direto da existência de uma beleza interna
correspondente, o que é negativo.
“Você pode viver até os cem anos se você
desistir de todas as coisas que fazem você querer viver até os cem.” Woody Allen
Devemos
trabalhar no sentido de estar de bem com a vida, com a nossa idade. Fazer
coisas novas, conhecer novos lugares, novas pessoas, pois o novo nos
rejuvenesce. “Não se deve viver temendo a morte, nem amar a vida de tal forma
que seja uma tragédia sair dela”.
Todos sem
dúvida querem prolongar a juventude, por isso, negam a morte, nossa cultura faz
isso.
Podemos
voltar e rever porque as mulheres pensam de maneira diferente. Mostram uma velhice cheia de amor próprio.
Estudos confirmam que as mulheres têm mais cuidados com a saúde, procuram estar
sempre de bem com a vida, mais saudável, mais exercícios, os homens relutam
mais quando o assunto é cuidar de si. Os grupos sociais auxiliam muito a vida
das pessoas. É extremamente importante termos sempre por perto um amigo, uma
amiga a quem recorrer. Há homens e
mulheres, portanto não vamos generalizar.
Estamos
vivendo mais. Segundo Karpf: “Esses homens e mulheres passam a ser vistos como
um fardo. E, pior, as pessoas não se enxergam como idosos, parece um futuro que
não pertence a elas”. Como vamos lidar bem com o próprio envelhecimento se
olhamos para isso com medo e sem admiração por quem já chegou a essa fase da
vida? “O envelhecer é um processo que começa no nascimento, nunca cessa e
sempre tem o potencial de enriquecer nossa vida”.