28 de jun. de 2013

O Elevador

                               O Elevador


       Entrei no elevador e apertei o botão para descer, mais pessoas foram entrando, em cada andar e os botões iam sendo usados. Notei que todas as pessoas ao entrarem se transformavam, pareciam estátuas do mais duro mármore.
   Surgiu naquele momento a ideia de escrever uma crônica sobre as pessoas e o elevador. Porém, surgiu uma dificuldade, como abordar um assunto tão corriqueiro e difícil ao mesmo tempo. Teria que ser uma crônica no estilo de Luis Fernando Veríssimo.
   Pensei , pensei, pensei mais e começaram a fluir ideias, mas como Veríssimo ou Marta Medeiros colocariam as pessoas fechadas em uma caixa metálica sem sequer olhar uma para a outra, pois elas simplesmente fixavam-se aos botões ou aos números que correm no placar, sobre a porta, outros que só ficam olhando para os próprios pés, outros ainda ficam cutucando as unhas com alguma chave que trazem nas mãos. Observei tudo e achei muitíssimo  engraçado! Voltei meu pensamento na crônica, e concluí que Veríssimo escreveria que o morador do 12.° andar, estava apressado, pois cuidava também do relógio, diferente do morador do 11.°, que nem se importava com o ruído apavorante que o elevador fazia.
   O vizinho da esquerda estava com a cabeça erguida e olhos grudados ao placar de andares, enquanto o vizinho da direita se abanava sentindo um calor que não existia. O outro ao lado ficou o tempo todo se olhando no grande espelho na parede do elevador.
   A vizinha do andar de baixo, com seus mais de 70 anos, implicava com o menino ao seu lado, que carregava um cãozinho que estava um pouco sujo, ela fazia cara de nojo e gesticulava, mas o garoto nem lhe dava atenção. 

      Percebi o quanto a pequena viagem até o térreo do edifício, era dolorosa para a maioria das pessoas.
    Uma parada, um soco do elevador e voltei a escrever a crônica em minha mente.
   Lembrei o quanto é engraçado ficar parado junto com outras pessoas  e não emitir nenhum som.
                             Assunto para várias crônicas com outras pessoas.

22 comentários:

  1. oi Marli,

    tem pessoas que acham constrangedor entrar no elevador com outras pessoas,
    eu como a maioria dos meus anos morei em apartamento,
    se tornou uma rotina comum e até prazerosa,adorava bater papos rapidinhos,
    agora moro em casa e nada de elevador...

    beijinhos

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    1. Olá Rô, eu sempre morei em casa, mas quando vou visitar a minha filha eu passo por algumas situações difíceis.Eu adoro conversar, e o povo de elevador nem olha para a gente rsssssssss
      Beijos!

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  2. Oi amiga, tudo bem? Vim agradecer sua visita ao meu blog e ler mais uma de seus textos. Obrigado pela visita e comentário, volte sempre que puder. Também voltarei com mais tempo para continuar lendo seus textos. Tenha um maravilhoso fim de semana. Grande abraço. Até mais

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    1. Olá, meu amigo que bom que veio me visitar.Obrigada por ler meus textos. Volte sempre pois o espaço é seu também . Grande abraço!

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  3. Aplausos Marli, li e reli a crônica FANTÁSTICAAAAAAAAAAAAAAA... amiga estou recebendo as poesias para o oitavo Pena até às 18 horas do domingo, é só mandar para o email
    lavanda64@gmail.com

    Beijos perfumados e aproveite o final de semana com sabedoria!

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    1. Olá Lindalva,que bom que gostou da minha crônica, fico sempre pensando se vou agradar.Estou curiosa com o resultado do oitavo pena de ouro.
      Obrigada por visitar-me. Grande abraço!

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  4. Oi Marli.
    Obrigado pela visita.
    Que bom que gostastes da máscara ( Guy Fawkes).
    Eu sempre encontrava pessoas protestando e a utilizando.
    Despertou minha curiosidade.
    Encontrei e achei interessante.
    Nada melhor do que a história para explicar as revoluções.
    Desculpe sou professor de história, estou puxando a sardinha pro meu lado.
    Vamos ver as mudanças que nos aguardam.
    Beijos.
    Bom final de semana.

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    1. Professor Cantu, gostei da sua visita e comentário.Realmente interessante a matéria sobre (Guy Fawkes),você puxa a brasa para a História e ,eu para o Português rssssssssssss Obrigada! Bom final de semana! grande abraço!

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  5. Muito engraçada esta crônica! Amei!!!

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    1. Olá Rui, que bom que gostou do que postei.Obrigada pela presença, volte sempre ,pois és bem vindo.Grande abraço!

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  6. Olá.. realmente muito engraçado o aperciar de uma viagem de elevador.. é uma verdade.. Gostei.

    Parabéns.
    Beijinho.

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    1. Olá Cidália,eu sempre que usava o elevador, observava o constrangimento de muitos e, aí resolvi escrever sobre o assunto.Obrigada! Grande beijo!

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  7. Gostei muito de sua crônica que representa bem o que ocorre num elevador...
    Um abraço.

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    1. Olá Élys, realmente escrevi o que senti ao estar em um elevador.Na maioria das vezes é constrangedor.Obrigada! Grande abraço!

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  8. Olá, querida
    Moro num condomínio pequeno e to livre disso que a gente sabe que tem por aí...
    Interessante como nos tornamos máquinas junto ao tal...
    Vim conhecer vc porque também participo do Pena de Ouro 8...
    Ótima semana e o meu carinho!!!
    Bjm de paz e bem

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    1. Olá, gostei muitíssimo de sua visita.Obrigada por seu comentário. Volte sempre! Grande abraço!

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  9. No prédio onde moro não há esse constrangimento porque sempre digo alguma coisa e começo a conversar com outro morador. Mas em elevadores de prédios comerciais, é estranho observar as pessoas (rss). Parece que todos não estão à vontade. Bjs.

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    1. Olá Marilene,é bem assim que sinto quando estou em Curitiba, ninguém ergue sequer os olhos. É muito engraçado.Eu até tento puxar uma conversa,mas não vai em frente. Obrigada! Grande abraço!

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  10. Oi madrinha! Vim ler sua crônica hoje,
    quero dizer que adorei. Adorei a escolha do tema, também acho muito curioso o elevador dos prédios (principalmente dos comerciais). É engraçado pensarmos que somos fechados dentro de uma caixinha com outras pessoas que nunca vimos (na maioria das vezes) para nos transportarmos. Que bom que escreveu sobre isso.
    Eu sou uma que me sinto muito constrangida e não sei para onde olhar. Se fossemos mais humanos e olhássemos para o ser humano que está ao nosso lado andando na rua ou em qualquer outro lugar, situações assim não seriam tão difíceis.
    Leitura rápida e divertida, parabéns madrinha!
    P.S.: também escrevi sobre elevadores, mas à minha maneira claro hihi. Vou te mandar por e-mail, ainda não postei no blog.
    Amo você.

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  11. Olá Fernanda,minha querida,adorei ver que você veio me visitar e deixou um comentário tão precioso.Quando falamos de textos, poemas, crônicas com quem entende do assunto ficamos um pouco inseguros, pois sei e conheço sua escrita.Obrigada, minha querida sobrinha e afilhada, volte sempre,pois és bem vinda a esse espaço que também é seu. Grande abraço!

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    1. Não entendo nada a mais que você, muito pelo contrário! Ainda lamento muito por você não tem sido a minha professora. Quando era criança queria passar logo para os últimos anos para ser sua aluna, pena que não cheguei a tempo.
      Muito obrigada, fico feliz em saber disso.

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    2. Querida Fernanda,serei sua eterna admiradora. Grande beijo!Amo você,minha querida!

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