10 de out. de 2015

A consciência do bem e do mal.

   
     Hoje, em uma roda de amigos, o assunto foi sobre as decisões erradas que tomamos, e o mal que causamos às pessoas, muitas vezes inconscientemente,pois nem sempre temos consciência para diferenciar se é bem ou mal.
Estamos em luta pessoal diariamente, o  que nos mostra que há dois exércitos, o do mal e, o do bem. Será que fazemos o mal?
Então vem a pergunta :- o que é considerado errado, o que é considerado como o mal, o qual nos leva para o lado sombrio?
Há infinitos atos  que praticamos e, sequer imaginamos ser algo que cause o mal às pessoas.
A manipulação emocional,a acusação fútil, a injúria, a maledicência, a inveja, humilhação, luta pelo poder, preconceito, discriminação,impaciência, preguiça e tantos atos que praticamos como se fossem normais, esquecemos dos ensinamentos de Jesus.
Atualmente, percebemos que muitas pessoas sentem vergonha em falar sobre Jesus, mas se dizem cristãos,  há aqueles que vão à igreja com frequência, mas apenas por uma questão social, pois não praticam o que  foi ensinado por ELE.
Muitos estão cegos, igualmente como ficou o apóstolo Paulo, cujo nome original, era Saulo de Tarso, escritor do cristianismo primitivo, foi o maior perseguidor dos cristãos. Certa vez,  quando Saulo fazia a sua perseguição, caiu do cavalo e ficou cego. ( Discute-se muito se ele caiu do cavalo, mas o que nos interessa é que ele caiu, e teve uma visão de Jesus, envolto numa luz incandescente.)
Foi conivente com o assassinato do protomártir, Estêvão, que morreu por apedrejamento.
Protomátir =Primeiro mártir de uma religião ou de um ideal político.
Jesus lhe perguntou: - Por que me persegues? Após o acontecido,Saulo se converteu ao cristianismo e passou a seguir com Jesus.
Também podemos cair, porém não devemos ficar de rosto colado ao chão, sem enxergar nada, às vezes não sabemos como agir,  basta nos perguntar:- Jesus, qual seria o seu jeito?
No início do século XX, nos Estados Unidos, foi lançado um livro com o título :
"Em meu lugar o que Jesus faria?" Devemos aprender a  ouvir, no silêncio da alma, a resposta que está em nossa consciência. 
Temos aulas de oratória para nos ensinar a falar melhor, a convencer e a persuadir, mas não aprendemos a ouvir, não nos ensinaram . Então como podemos ouvir Jesus?
Quando aprendermos a ouvi-LO, saberemos ouvir o outro,( nosso próximo).Só nós, podemos fazer isso por nós mesmos, eu até posso pedir que rezem por mim , portanto somente cada um de nós, vai aprender "de" Jesus, porque sobre Jesus aprendemos nos livros, nos filmes, nas palestras, mas só aprendemos "de" Jesus, com ELE. Ninguém aprende, vive ou sofre em nosso lugar.
Vamos aprender a ouvir, a enxergar, para sabermos distinguir em qual exército devemos permanecer para lutarmos ativamente.

"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento."   Platão



30 de set. de 2015

Sem mais

Amo-te agora no silêncio da noite

Meus lábios não mais  lhe dirão palavras de um amor maior

Os poemas se desbotaram nas prateleiras do tempo

Tempo passado de um amor inconcluso.

Inconcebível  visão escarlate

Que a noite se aconchega em outros braços

Leva de mim essa tristeza

Do absurdo engano fez-se o sonho...

Como que de areia o vento desmanchou e as ondas do mar levou

Vás ! Seja feliz e me abandone aqui

Não mais precisarei me esquivar entre as esquinas lamosas

não mais precisarei repetir o mantra que grita em meus ouvidos

a carne foi fraca e o coração se quebrou.  


19 de set. de 2015

Exemplos valem mais que palavras

O Tema  bullying, já foi diversas vezes discutido em verso e prosa. Até já escrevi sobre o ele, em meu blog, nem pensava em voltar ao assunto. Porém, hoje ao ler uma notícia, no Yahoo! fiquei chocada.
Falamos sobre crueldade, massacre, injustiça e tantas atitudes que ferem, não apenas homens e mulheres, mas todas as criaturas de Deus.
Ficamos espantados com tanta barbárie, parece que tais acontecimentos retrocederam e voltamos ao tempo das cavernas, apenas com a diferença das palavras, das armas, da mídia. No tempo das cavernas, no tempo dos duelos, no tempo dos massacres, no tempo das fogueiras, no tempo dos leões e arenas, no tempo da inquisição, enfim... O tempo está de volta ou nem mudou, continua o mesmo,apenas travestido.  Mahatma Gandhi, já dizia: “ A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.” 


Voltando ao bullying, o ator Jonny Depp, de 52 anos, contou em uma entrevista, que sofreu muito quando estudava, tinha uns 6 anos, quando resolveu contar  para a sua mãe, o que estava acontecendo com ele, na escola. Sua mãe, o aconselhou a dar uma tijolada no agressor. Sabe que fiquei um tempo pensando em quem era o agressor?
Até parece uma analogia à pena de morte, condena-se à morte, quem matou. Então, Jonny Depp, que tem dois filhos, ensinou-os a se defender como ele aprendeu com a mãe, acertar um tijolo no agressor.
E disse mais:
“-Se eles não destruírem o causador, eu vou.”

Tenho razão de estar assustada, com tal conselho e exemplo de pai aos seus filhos?

6 de set. de 2015

O lado mau do homem bom

Final de semana para ser completo tem que vir acompanhado por um bom filme, e neste sábado, não foi diferente, a nova versão que narra a história da arca de Noé, foi o escolhido.
Um filme repleto de reflexões, mensagens já nossas conhecidas, através da Bíblia.O filme, nos mostra  cenas fantasiosas, mas que se  encaixam com a mensagem profunda que ele nos  traz. Em um determinado ponto, Noé relembra o momento da criação do mundo, tudo tão minucioso, perfeito, tudo em seu lugar, até a criação do homem e da mulher, quando eles sucumbem à tentação, comem o fruto proibido e são expulsos do paraíso, neste momento é despertado o lado sanguinário, traiçoeiro e menos humano do ser. Depois 
disso, a perfeição deixou de existir... e será necessário recomeçar a vida novamente, para limpar o mundo de tanta podridão causada pelo homem. Aí, vem à mente, a cena daquele pequeno, morto, na praia. O menino sírio, de três anos, que escapava , das guerras, junto com os pais e o irmão de cinco anos. Eles só queriam uma vida digna, um lugar para viver, e não sobreviver, que pudessem acordar, levar os filhos à escola e trabalhar, e que, no final do dia, houvesse o reencontro de  todos em volta da mesa com momentos simples em família, como colocar seus rebentos para dormir, contando-lhes uma história e que, no dia seguinte, houvesse o recomeço de tudo e com toda a família. Assim como é para a maioria das famílias, pergunto :- Por que não para todas ? Como o homem chegou a este ponto ? Como ele se deixou levar pelo poder, pelo capitalismo de uma forma tão voraz, pois nem sabe mais, o que é estender a mão para o próximo e permitir-lhe a vida ? Em meio disso tudo,  há pessoas que ainda guardam um bom pedaço de si para fazer o bem. Mas o mal torna-se, a cada dia, mais forte e adentra até mesmo em lugares santificados. Pessoas boas, travam lutas constantes para dizimar o mal e plantar o bem, porém, o número parece ínfimo diante do que vemos noticiados todos os dias, nas mídias. Fomos criados com livre arbítrio, mas penso que se aproxima o momento em que, por não respeitarmos mais nada, por não sermos gratos e causarmos tantos danos à natureza e ao próximo, a arca será mesmo necessária.

22 de ago. de 2015

A desinformante


O que pode acontecer quando o que falamos não é entendido como deveria ser ? Há inúmeros prejuízos que ocorrem quando a comunicação é falha. Lembrei de um fato extremamente interessante, que aconteceu na época da grande enchente de 83, em nossas cidades. Meu tio, trabalhava como gerente em uma firma local, o rio transbordou, e a água cobriu as ruas, deixando todos sem ter como ir ou voltar, por elas. Então, ele e alguns funcionários que moravam em outras áreas,usavam o meio de transporte que lhes era oferecido, uma draga de puxar areia, e assim atravessavam o rio Iguaçu.

Certa manhã, ele ligou para minha casa ( morávamos ao lado ) e pediu para que a moça que trabalhava em minha casa, desse um recado à minha tia ( esposa dele ).

Ela deu o seguinte recado:

- Dona Iraci, seu marido ligou avisando que quebrou a perna.

Foi um reboliço total, meu pai tentou entrar em contato com meu tio, e com os demais funcionários, ligou para o escritório da firma, para o dono ( amigo dele ), mas não conseguiu obter resposta. A preocupação aumentava, pois meu tio já não era um garotinho e, ficar sem atendimento só poderia causar maiores problemas.

E, assim foi passando o dia, sem informação. O hospital mais próximo da firma também estava sem acesso, devido as águas. Meu pai e tios foram ao outro hospital para ver se havia alguma notícia do tio, com a perna quebrada.

Tornou-se um caos, pois estava anoitecendo, águas escuras, casas alagadas, gente sem teto e meu tio sem dar notícias. E, justamente nesta noite, todos iriam ficar na firma, pois era perigoso voltar com o rio enchendo e, sem saber onde estava o leito do rio. Como estaria meu tio ? Quanta dor, sem ter o que fazer e sem poder voltar para casa. Eu já disse aqui, que acredito em milagres e, à noitinha, conseguiram voltar para casa. Vimos meu tio estacionar o caminhão da firma, ficamos sem saber o que dizer, apenas corremos para saber como ele estava. Meu pai, foi o primeiro:

- Como você está ? E a sua perna quebrada ?

- Perna quebrada ?! Não quebrei nada.

 Aí, a história foi desvendada. Ele disse que havia quebrado a garrafa térmica e, como só voltaria na noite  seguinte, avisou para que minha tia providenciasse outra.

A ligação estava péssima, e aí a confusão de: - Eu quebrei a térmica, para eu quebrei a perna.

William James já dizia:

“ Não existe mentira pior que uma verdade mal-interpretada pelos que a ouvem.”


10 de ago. de 2015

Quando o espetáculo finda...

E a luz apagou.
A passos lentos, dirigiu-se ao camarim.
Margaridas brancas em um pequeno vaso, faziam-lhe companhia.
Sentou-se em frente ao espelho.
Abriu a pequena gaveta.
Em meio a maquiagens e ilusão, pegou um pequeno pedaço de pano.
Aos poucos, a maquiagem foi dando lugar às rugas e marcas do tempo.
Olhou para o relógio, faltavam dez minutos para daqui a pouco.
Depois daquela noite, nunca mais.
De repente, ao se dar conta, percebeu seus olhos marejados
Mas, dessa vez, não pela alergia que a maquiagem causava
Apenas porque o tempo passou
Apenas porque o mundo se tornara mais frio
E as crianças de hoje, já não queriam mais aplaudi-lo no picadeiro
Já não o consideravam mais.
Mas seus olhos brilharam ainda que mais uma vez, ainda que pela última vez
Ao perceber, atrás da coluna de concreto
Um pequenino, com uma bola de plástico vermelha no nariz,

Reverenciando o público imaginário.  

8 de ago. de 2015

Pelo Dia dos Pais

Desejo a todos os pais,  um feliz Dia dos Pais!
Não tenho mais o meu,  mas seus ensinamentos, a lembrança do seu abraço, do seu beijo estalado na bochecha e suas frases em ucraniano me acompanham e são fortes aqui dentro.
E acho que é isso, que vale a pena a vida de alguém, as coisas boas que a pessoa deixa em nós.
Meu querido pai, mais um dia se vai e não posso ouvir suas histórias ou ter a sua presença no almoço e nas tardes de outono.
Quero que saiba, através desse humilde espaço, que a saudade ainda perdura, e continuará porque não tem como não sentirmos saudades, não sentirmos falta do que nos fez bem, e do amor que trouxe para a nossa vida.
Obrigada por tudo!
E que hoje, seja um dia feliz para todos nós, mesmo para os que não têm mais seus pais presentes, como eu, porque a felicidade deve existir pelo simples fato de que eu tive um dos melhores pais do mundo, que fez de mim a mulher de fibra, guerreira, honesta e trabalhadora que sou.
Só tenho a agradecer pelo tempo que passamos juntos, pelas experiências que o senhor me trouxe, pelas  histórias que o senhor atravessava a madrugada me contando.
Obrigada, pelas noites de risadas, pela mesa sempre farta, pela proteção constante, pelo seu amor incondicional e por ser, simplesmente, o meu pai.

Hilário Andrucho

O porta-retratos

  Foto do google     Era quase uma da manhã, lembro-me que estava inquieta naquela madrugada, talvez pelo vento, que fazia o galho bater...