30 de abr. de 2014

Pelo Dia do Trabalhador


 
Dia 1º de Maio comemoramos o Dia do Trabalhador.

Esta data nos remete a um passado cercado de lutas, reinvin 
dicações e sangue.

Fico imaginando como seria se “o lutar” por um ideal, por melhorias que não exigisse o derramamento de sangue.

Vencendo, assim, o lado que melhor argumentasse com palavras, não com armas.

No ano de 1886, na cidade industrializada de Chicago, milhares de funcionários foram às ruas reivindicando melhorias no trabalho, entre elas a diminuição da jornada de trabalho de 13 para 8 horas. Neste mesmo dia, 1º de Maio, houve greve geral nos estados Unidos.
 

 
Dois dias depois, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores, provocou a morte de alguns manifestantes.

No dia 04 de Maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram bombas contra policiais, matando sete deles. Foi o estopim para que os policiais atirassem no grupo, causando a morte de doze manifestantes e outras dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores. Para homenagear aqueles que morreram no conflito, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil a data foi reconhecida em 1925, pelo então presidente Artur Bernardes. Anos mais tarde, em 1940, Getúlio Vargas institui o salário mínimo, afirmando que ele deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer) .

Ainda há muito para se conquistar, as greves atuais estão aí para nos provar isso. Os valores salariais estão defasados, não acompanham o índice inflacionário que temos no Brasil.

Quantas e quantas vezes ouvi pessoas dizendo: “eles ( o governo ) aumentam R$ 50,00 o salário mas antes aumentaram os alimentos, os remédios, não adiantou de nada”.

Não há melhorias sem reinvindicações, não há conquistas sem lutas.

E continuo aqui pensando quantos trabalhadores perdemos nas ruas do Brasil que lutavam por melhorias empregatícias para todos nós...

E é para eles, também, que o Naco de Prosa dedica esse dia, o Dia do Trabalhador.

22 de abr. de 2014

Singela homenagem aos meus ex-alunos e ex-alunas

Mesa composta com alguns professores


O meu Sábado de Aleluia, foi muito diferente dos que vivi nos anos anteriores.
Recebi o convite para o reencontro de ex-alunos de uma turma do colégio São José, disseram eles que há 30 anos estavam se formando na 8a. série do Ensino Fundamental.
Foram momentos imensuráveis.
Quando cheguei ao Clube Concórdia, a distância já se percebia o murmurinho dos alunos.
Pareceu-me estranho, porém meu coração deu sinais de que estava pulsando, e muito forte.
Ao entrar no clube, fui recebida efusivamente pela turma que aguardava perto da entrada.


Logo na chegada, já dava para perceber o quanto trabalharam na organização da festa.
Colocaram em exposição peças do uniforme do colégio, uma banca com a maioria dos doces ( pipoca de canhão, bala dadinho, doce de leite, doce de amendoim, e outros ), que eram vendidos naquela época, na cantina da "tia Joaquina".
Quando o Frei João ( Wilhelm Heinrichs, diretor do colégio ), era vivo, passava uma temporada na Alemanha, em visita aos pais e irmãos. Na sua volta ele trazia para todos os alunos, que já eram muitos, balinhas de anis, eram balas de cor muito escura, pareciam feitas de petróleo, com um formato esquisito e sabor horrível.
Claro que todos fingiam gostar das balas.
Então, nesta festa não poderiam faltar as tais balinhas, elas foram trazidas pela Eloise, que mora hoje em Dussoldorf, Alemanha.
Houve muitas atrações, que foram surpresa para todos.
Em certo momento, iniciaram o hino do colégio:
"Eia! Avante, estudante
Do Colégio São José
Para a luta, para a glória,
Pela pátria e pela fé
(...)"

Este hino fazia parte da hora cívica do colégio, todos cantavam bem forte as sílabas que terminavam com "te", portanto eles arrastavam o estudante, cantando: Eia! Avantchiiiii, estudantchiiiii".
Era assim até o final do hino.
O Frei João ficava furioso, e todos recomeçavam o hino, mas sempre alguns, escondidos, faziam refrão com "tchi".
Houve muito entusiasmo quando relembraram a pronúncia, da qual o Frei João não gostava. E cantaram o hino inteiro com muita emoção, recordando os bons tempos de estudante.
A festa aconteceu devido a uma foto de formatura, da turma que foi tirada há 30 anos, no mesmo clube. A foto foi postada na rede social pelo Welliton Pietsch Malé, que mora na Bahia.
A postagem foi curtida e aí, a ideia do reencontro foi "comprada".

Turma da 8a. série do Colégio São José - 30 anos atrás

Então, puseram-se a trabalhar Adriane Maltauro, Juliano Mallon e Larissa Missal.
É claro que todos colaboraram, pois fico imaginando como conseguiram em pouco tempo fazer contato com os amigos que moram longe como: Porto Alegre, Florianópolis, Balneário Camboriú, Curitiba, Cuiabá, Bahia e Alemanha.
Espero não ter esquecido alguma região.
Ah! E todos vieram ao encontro.
A professora Aldair W. Muncinelli, fez a abertura do evento. Palavras sábias e emocionantes.
A ex-aluna Valéria Bernardon fez um discurso para homenagear aos professores, citou os que estavam ausentes e também lembrou daqueles que já não estão entre nós.
Valéria Bernardon
Foi brilhante e causou emoção.
Em seguida, almoço, sorteio, brincadeiras, muitas risadas, todos estavam querendo engolir o tempo para poder abraçar a todos.
Foi preparada uma farta mesa com sobremesas, muitas variedades de doces. Não esquecendo da ornamentação belíssima, mesas ornamentadas com flores e bombons.
Complementando a festa houve a apresentação de um vídeo, o qual foi feito por Fábrica de Emoções, de Balneário Camboriú, pela Michele Rocha, irmã da nossa querida Gisele Rocha.
O vídeo nos mostrou muita história e foram muitas as emoções.
Há tanto a contar, mas já estou sentindo preocupação por escrever muito ou esquecer algo.
Eu com alguns dos meus ex-alunos e alunas
Queridos ex-alunos e ex-alunas, vocês são a prova fantástica do poder da Educação.
Gostaria, como falei no discurso de encerramento, que o tempo parasse para que pudéssemos voltar quando vocês eram apenas crianças, pois hoje são maridos, pais e alguns já avós.
Estou muitíssimo feliz por ter sido homenageada com um convite que só me fez bem.
Que muitos encontros aconteçam em um futuro bem próximo.
Vocês me perguntaram:
- Professora, você vai esquecer da gente?
- Não, meus queridos e queridas, vou sempre lembrar de vocês, pois cada um fez e faz parte
da minha vida.



 Colégio São José - Porto União - SC

18 de abr. de 2014

Singela Homenagem: Gabriel García Márquez

 Morre, aos 87 anos, o escritor colombiano Gabriel García Márquez



Segue texto do áudio que acompanha a postagem:

13 LINEAS PARA VIVIR (Gabriel García Márquez)

1. Te quiero no por quien eres, sino por quien soy cuando estoy contigo.
2. Ninguna persona merece tus lágrimas, y quien se las merezca no te hará llorar.
3. Sólo porque alguien no te ame como tú quieres, no significa que no te ame con todo su ser.
4. Un verdadero amigo es quien te toma de la mano y te toca el corazón.
5. La peor forma de extrañar a alguien es estar sentado a su lado y saber que nunca lo podrás tener.
6. Nunca dejes de sonreír, ni siquiera cuando estés triste, porque nunca sabes quién se puede enamorar de tu sonrisa.
7. Puedes ser solamente una persona para el mundo, pero para una persona tú eres el mundo.
8. No pases el tiempo con alguien que no esté dispuesto a pasarlo contigo.
9. Quizá Dios quiera que conozcas mucha gente equivocada antes de que conozcas a la persona adecuada, para que cuando al fin la conozcas sepas estar agradecido.
10. No llores porque ya se terminó, sonríe porque sucedió.
11. Siempre habrá gente que te lastime, así que lo que tienes que hacer es seguir confiando y sólo ser más cuidadoso en quien confías dos veces.
12. Conviértete en una mejor persona y asegúrate de saber quién eres antes de conocer a alguien más y esperar que esa persona sepa quién eres.
13. No te esfuerces tanto, las mejores cosas suceden cuando menos te las esperas.
Recuerda:
"TODO LO QUE SUCEDE, SUCEDE POR UNA RAZÓN"

13 de abr. de 2014

O Mundo Chora

















 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ouço ao longe um choro de criança
Meus ouvidos se alertam
Será um bebê que sofre?
Quem sabe pedindo leite?
Procuro no silêncio algo mais
O choro continua, aumenta
Parece que há muitas crianças.
O que será? Sonho?
Tento me aproximar
Quem sabe posso auxiliar
Não vejo nada, só ouço o choro
Apresso o passo, quero saber
Porém percebo que há mais gente chorando
E o choro vem de várias direções.
Será que estou imaginando?
Quem sabe apenas sonhando?
Logo vou acordar...
Já não sei para onde seguir
Pois há muita gente a chorar
A Terra se põe a soluçar
Que susto!
Esfrego meus olhos, belisco-me, para logo acordar
Estou tendo um pesadelo
Oh! o choro acabou.
No entanto, uma voz retumbante vinda de todas as direções disse:
- Só nos resta chorar.

4 de abr. de 2014

Você tem fome de quê?

Comida - Titãs 

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?


A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade


Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte


A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor


A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade


29 de mar. de 2014

Liberdade ou libertinagem

Acredito que muitos não sabem utilizar a liberdade de imprensa que ainda existe em muitos países.

Este mês, o jornal belga De Morgen, publicou em suas páginas a foto do casal Obama caricaturados como macacos.

O mais irônico, é que a própria primeira dama, Michelle, esteve na China defendendo a liberdade de expressão.

A liberdade de expressão é perigosa em mãos de pessoas que trabalham em jornais como o De Morgen. Aqui no Brasil tivemos punições jurídicas contra o pseudo-humorista “Rafinha Bastos”, quando ( conforme definido pelo próprio ) fez uma piada que não foi entendida após comentário a respeito de uma foto em que Wanessa Camargo está grávida: “eu comeria ela e o bebê”.

Nos dias de hoje, não há como não ter uma interpretação dúbia dessa frase de péssimo gosto.

Quero entender porquê, alguns humoristas, têm que citar cor da pele, peso, altura e outros aspectos nas pessoas para fazerem graça. Como se os cabelos loiros, a cor da pele, seu peso, sua altura, fossem castigos de Deus e os seus algozes estão prontos para mostrarem ao mundo, e ganharem dinheiro às custas alheias.

A foto no jornal belga foi de imenso mau gosto. Não há como achar graça, ou acreditar nas desculpas pedidas após o estrago feito: “O De Morgen já emitu um pedido de desculpas admitindo que foi culpado pelo mau gosto
e que apenas pretendia ironizar sobre a relação entre Obama e Vladimir Putin, o presidente da Rússia."

Rafinha foi suspenso da Bandeirante, na época, afastado do programa CQC ( utilizado para fazer o comentário ), e condenado a pagar cerca de 100 mil reais à cantora pela inteligente piada.

O mais polêmico é ler comentários de internautas que são coniventes com atitudes como essa.

O que significa que os valores estão invertidos. Que o bom hoje é ser ruim. 


Há milhares de apoio a Rafinha, assim como ao jornal belga.
Incrédulo, mas é a realidade mundial hoje.

Os que defendem o comediante, afirmam que o Brasil é “o país que leva os humoristas a sério e os políticos na brincadeira”. Ou seja, para eles, devemos aplaudir o Sr. comediante, permitir que ele faça piadas de mau gosto porque a classe política está uma baderna? 

Os anos passam, e a humanidade vai perdendo a visçosidade.

O ser humano, como a palavra sugere, deixa a cada dia um pouco de lado a beleza da sua essência.

E não falo apenas por estas atitudes isoladas, falo num âmbito geral: animais abandonados e mal tratados, crianças jogadas nos lixos, idosos sendo espancados e jogados em asilos, pessoas matando umas as outras por uns trocados. 
Morei no Rio de Janeiro, por pouco tempo, justamente no ano em que o filme Tropa de Elite ia ser lançado, e nas barraquinhas de venda de DVDs era incrível o número de filmes de terror e policial que eram vendidos. Se você quisesse algo mais “leve” teria que encomendar pois não tinha procura.

Estava exposto ali a realidade dos dias de hoje: as pessoas apreciam e levam para casa uma violência gratuita e mórbida.

Quando algo de ruim ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, os brasileiros ficam atiçados e publicam “tinha que ser no país desses “loucos””. Como se aqui não vivêssemos todos os dias histórias mórbidas, como da ex-esposa que matou e esquartejou seu marido, colocando seus pedaços em sacos plásticos. 

A violência gratuita está crescendo nos Estados Unidos, no Japão, no Egito, no México, na Argentina, na Grécia, e no Brasil, sim senhor.

E vocês podem achar besteira o que vou dizer, mas uma frase mal dita, ou uma foto caricaturando seja um presidente, ou alguém que você ama ou admira, pode se tornar o estopim para essa violência, sim.

Existe uma frase que diz mais ou menos assim: quem fala o que quer, ouve o que não quer. A liberdade de expressão é importante, mas ela deve ser controlada, avaliada. Não é necessário ofender, humilhar, magoar ou incitar a violência e o ódio para sermos lidos ou ouvidos. Pessoas que o fazem, não merecem ter seus espaços reconhecidos. 











22 de mar. de 2014

50 anos de Mafalda


Nascida há 50 anos, recebeu o nome de Mafalda. Ela foi criada em 1964, pelo cartunista argentino, Joaquim Salvador Lavado, o Quino.
Menina inteligente, vanguardista, era de classe média e viveu intensamente tudo que foi idealizado para ela, pois foi e continua sendo conhecida e, às vezes, até odiada pelo seu senso crítico.
Ela enfrentou com galhardia a ditadura militar para falar de censura, feminismo, crises econômicas e sociais, as desigualdades, a injustiça, a corrupção, a guerra e o meio ambiente.
Mafalda não foi censurada, pois considerava-se na época, a "Arte das tiras" um gênero menor, portanto ela não representava ameaça.
Mafalda era um símbolo dos anos 70. Porém havia um problema, ela, aos seis anos, odiava sopa, mas em compensação adorava os Beatles e o desenho do Pica-Pau.

Mafalda foi criada para ser personagem de uma marca de eletrodomésticos. No entanto, o projeto não deu certo. Devido ao fracasso, Quino adaptou-a para uma tira que foi publicada pela revista semanal "Primeira Plana", de Buenos Aires.
Seus questionamentos era a respeito dos problemas do seu país e também do mundo. Logo veio o sucesso. 
E Mafalda ficou famosa, era igual às outras meninas, mas possuía uma visão aguçada a respeito da humanidade.
As tirinhas ainda mantém o mesmo sucesso do inicio, pois são extremamente interessantes por serem atemporais, pois os problemas que ela abordava até 1973, estão presentes nos dias de hoje.
É triste pensar que os questionamentos dela continuam atuais, meio século depois, não apenas na Argentina, mas no mundo.
As tiras já foram traduzidas para mais de vinte línguas.
A menina de cabelo preto e fita vermelha foi e continuará sendo uma heroína que rejeita o mundo assim como ele é.



16 de mar. de 2014

Lembranças de alguns valores.

Há duas Marli convivendo na mesma persona, porém o conflito é constante um cobrando o outro, um lembrando ao outro, um tentando entender o que o outro viveu na infância, na juventude e vive hoje. Intensas crises, serão existenciais?
A minha infância, a qual está muito distante, foi muito feliz, porém havia as dificuldades, é claro.

As brincadeiras eram muito simples, porém saudáveis. Brincávamos de casinha, fazer comidinha, casinha nos galhos robustos de um pé de araçá, no fundo do quintal. Logo que comecei a frequentar a escola, tínhamos que estar de acordo com as normas, uniforme, cabelo preso e o que eu gostava muito era quando formávamos fila para assistirmos o hasteamento do pavilhão nacional. Confesso que ainda hoje, conforme lugares e solenidades, as lágrimas teimam em aparecer.
O hino nacional é muito lindo e representa o meu país. Quando chegava em casa, era sagrado trocar a roupa, porque o uniforme tinha que estar impecável.
Havia um horário estipulado para fazer a lição de casa. Eu sempre tinha por perto ou meu pai ou minha mãe para esclarecer as dúvidas, penso que ficavam me vigiando para eu não deixar a lição sem completar.
Naquela época, eu e minha irmã tínhamos permissão para ouvir estorinhas que eram contadas, através do rádio. Eram sempre nos finais de tarde. Então tínhamos que estar com nossos deveres todos prontos.
Eu lia muito gibi. Hoje chamam de Histórias em Quadrinhos ( HQ ).
Quando veio a televisão em nossa casa assistíamos a muitos desenhos hoje, são animações.

Ah! Lembram do Sonho de Valsa? Era uma emoção sentir o seu aroma, a sua textura, era comparado a uma joia, mas possuía sabor. Até quando o desembrulhávamos o barulhinho do papel causava uma sensação incrível. E, ao comê-lo então, pedacinho por pedacinho para que o deleite fosse mais duradouro. Hoje, ganha-se Sonho de Valsa como troco no mercado. Hoje, é muito fácil conseguir um bombom destes, mas não tem mais aquele sabor divino.
Aos sábados, meu pai fazia as compras, não havia mercado, mas ele trazia algumas coisas boas: gasosa de framboesa, até o cachinho das frutas eram lindos, no rótulo. Havia a laranjinha, a colinha e outros refrigerantes dos quais nem temos lembranças.
Hoje, a Coca-Cola toma seu lugar à mesa.
Lembro das músicas com letras maravilhosas que, com frequência, nos faziam chorar, pois contavam belas histórias.
E, hoje, nos CDs dos nossos jovens, "músicas chicletes" pipocam em seus aparelhos eletrônicos, deixando ainda mais o gosto da saudade de um tempo que não voltará mais...

O porta-retratos

  Foto do google     Era quase uma da manhã, lembro-me que estava inquieta naquela madrugada, talvez pelo vento, que fazia o galho bater...